Romildo de Jesus / Tribuna da BahiaOs turistas que passaram o Carnaval em Salvador geraram uma receita de aproximadamente R$ 1,25 bilhão, durante sete dias de festa. A média de idade entre eles foi de 34 anos, com renda média de R$ 6.389,96, sendo na maioria pessoas do gênero feminino (51,8%). A hospitalidade do povo baiano foi o que mais agradou os visitantes nos dias de folia (40%), além do festejo em si (26%).
Os dados foram apontados pela Pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo e Avaliação de Serviços Durante o Carnaval de Salvador – 2020, realizado pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur), por meio da Diretoria de Planejamento Turístico, no período de 22 a 27 de fevereiro.
O estudo teve como objetivo identificar o perfil dos turistas que visitaram Salvador durante o Carnaval, seus hábitos e avaliação dos serviços, equipamentos e atrativos turísticos, além de dimensionar a receita gerada por eles no período pesquisado.
De acordo com a Setur, a maior parte dos turistas entrevistados avaliou positivamente os serviços dos estabelecimentos de hospedagem. Atendimento, serviço de garçom, camareira e alimentação foram apontados como muito bom e bom, representando mais de 80%. Dentre os entrevistados, 63% frequentaram bares e restaurantes da capital baiana. O gasto médio dos turistas por pessoa no período foi de R$ 1.969,97.
O atendimento do projeto Guias e Monitores, do órgão estadual, também foi muito bem avaliado na pesquisa. Entre os turistas entrevistados que utilizaram o serviço, 94% consideraram o atendimento como muito bom ou bom. A principal forma de participação dos visitantes que passam o Carnaval em Salvador foi o festejo de rua (60%), seguido por camarote (37%) e blocos (37%).
“A gente está amadurecendo a cada ano que passa esses números, para que possamos fazer um melhor planejamento e assertividade de quem é esse público que freqüenta o nosso carnaval. E é muito interessante que a gente vê que é o baiano quem tem um protagonismo diante do todo, seguido de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. A grande maioria dos entrevistados, cerca de 86%, disse que pretende voltar em uma próxima edição, e muitos deixaram a cidade satisfeitos com nossa hospitalidade, nossas praias, serviços de hospedagem e as melhorias que vêm sendo feitas no aeroporto”, disse Fausto Franco, secretário de turismo.
CENTRO DE CONVENÇÕES
Agora, o momento é de voltar às atenções para o período de baixa temporada e a expectativa quanto ao novo Centro de Convenções. Com relação ao equipamento, o titular da pasta afirmou que, na próxima semana, um grupo de investidores europeus está vindo à capital baiana para debater como será o novo espaço, onde atualmente funciona o Instituto do Cacau, no bairro do Comércio.
“A gente já autorizou os estudos e, no início da semana que vem, os investidores estarão aqui na Bahia para uma visita. As coisas estão andando na velocidade que precisam andar e isso é importante para que a economia possa girar”, afirmou.
Quanto às ações para a baixa estação, Fausto Franco destacou que, entre elas, está a manutenção dos investimentos no chamado turismo marinho. Uma das atividades previstas, até o final deste semestre, está o afundamento do Agenor Gordilho, que deveria ter acontecido no início deste ano de 2020.
“Com os resultados da pesquisa, podemos fazer ações mais dirigidas. A gente também está trabalhando nos projetos do Centro Antigo da cidade, de novos hotéis não apenas na capital, como no interior, além do aumento na conectividade de vôos que a gente entende ser importante. Por outro lado, temos uma preocupação com o coronavírus, que afeta não só o turismo, mas também a economia de uma forma geral. A gente entende que o turismo é um grande vetor de desenvolvimento econômico e de renda. O Brasil ainda não foi atingido de forma intensa como a Ásia e a Europa, mas esperamos passar ao lado desse epicentro”, comentou o secretário de turismo da Bahia.
