15/11/2018 às 21h38min - Atualizada em 15/11/2018 às 21h38min

'Aplicação do Enem foi a melhor da História', diz ministro

Em coletiva, Rossieli Soares comemorou abstenção menor que nos anos anteriores

O Globo Daniel Gullino
O ministro da Educação, Rossieli Soares, durante entrevista coletiva de balanço do Enem 2018 Foto: André Nery/MEC
BRASÍLIA — A aplicação do segundo dia do Enem 2018 foi classificada como “brilhante” e a “melhor da História” pelo ministro da ministro da Educação, Rossieli Soares, já que não será necessária a reaplicação da prova em nenhuma cidade. As avaliações do primeiro dia (4 de novembro), no entanto, serão aplicadas novamente em algumas cidades que registraram problemas de falta de energia na ocasião. O ministro também comemorou o fato do número de ausentes ter sido menor do que nos anos anteriores: 29,2% no segundo dia, contra 32% em 2017 e 30,12% em 2016. No primeiro dia deste ano, 24,9% dos inscritos não compareceram.

— Essa é a melhor aplicação da história do Enem. O trabalho de toda a equipe foi tão brilhante que nós não teremos nenhum local com reaplicação — disse Rossieli, em entrevista coletiva. — Historicamente, a ausência do segundo dia sempre é maior. Você tem alunos que têm algum problema de logística, alguns acabam desanimando, eventualmente, por algum acontecido do primeiro dia. Mas os ausentes do segundo dia são menores do que os segundos dias dos últimos anos — afirmou o ministro, ressaltando que o número de abstenções, que ocorrem quando o aluno falta nos dois dias, ainda será calculado.

Rossieli não quis comentar diretamente as críticas que o presidente eleito Jair Bolsonaro fez  à prova do primeiro dia. Bolsonaro reclamou de uma questão que tratava de um dialeto de travestis e disse que no ano que vem pretende ver a prova antes da aplicação. Na coletiva, o ministro afirmou que a equipe está satisfeita com o trabalho, e que Bolsonaro tomará as decisões a partir do ano que vem. Um documento foi entregue aos jornalistas detalhando o processo de elaboração das questões.

— Nós não comentaremos as questões em si. Cabe ao presidente eleito, é um mandato dado pelos brasileiros, fazer a gestão do Brasil a partir de 1º de janeiro, e isso inclui política públicas. Nós estamos aqui trabalhando para cumprir o calendário, estamos muito felizes com a realização do Enem desse ano, que é um absoluto sucesso, para todos nós. Acho que esse é o sentimento de toda a equipe — ressaltou. — Ao novo governo, estamos à disposição para contribuir no processo de transição. E a tomada de decisão é deles a partir de janeiro.
 

Pela primeira vez, os alunos que sentiram prejudicados por problemas de logística, como alguns que afirmaram que os portões fecharam antes do horário previsto, poderão registrar a reclamação no site do exame. O registro deverá ser feito em até cinco dias úteis.

— Não consigo dizer sobre casos pontuais. Receberemos as atas e todos as ocorrências que foram registradas. Inclusive, pela primeira vez, saliento, teremos um portal em que podem ser apontados registros. A partir da meia-noite de hoje, estará no ar o site e poderão ser feitas indicações — explicou o ministro.

De acordo com eles, as reclamações dos estudantes serão confrontadas com as informações do local da prova e, caso a demanda seja aceita, será determinada a realização de um nova prova.

— A própria pessoa poderá apresentar isso como recurso e, ficando configurado, será dado o direito (de fazer a prova). Como disse, pela primeira vez  temos o registro de ocorrências. Mas nós precisamos fazer o confronto com as informações que chegam, da ata, do local. É o procedimento que deverá ser seguido.


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