Na semana passada os militares anunciaram que mais de 7 mil soldados irão à fronteira com o México num momento em que uma caravana de migrantes centro-americanos ruma lentamente para os EUA.
Mas no mês passado as Forças Armadas rejeitaram um esboço de pedido do Departamento de Segurança Interna para a construção de acomodações para imigrantes detidos em meio a debates iniciais do governo sobre o papel dos militares na fronteira, segundo as autoridades.
Ao manifestar sua oposição, o Pentágono ajudou a garantir que sua missão se resuma a fornecer apoio a funcionários do governo na fronteira, disseram as fontes.
Na semana passada, Trump disse que planejava erguer barracas para acomodar os imigrantes, que seriam mantidos ali enquanto Washington analisasse os pedidos de asilo.
— Montaremos barracas. Elas serão muito boas. Eles esperarão, e se não conseguirem asilo, sairão — disse Trump à Fox News.
O general Terrence O'Shaughnessy, chefe do Comando Norte dos EUA, que supervisiona a mobilização, disse a jornalistas na semana passada que no momento não existem planos para os militares construírem acomodações para imigrantes.
— Os pedidos que temos do Departamento de Segurança Interna e do CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras) é para construir (instalações) para apoiar o efetivo do CBP e nosso efetivo militar — afirmou.
O empenho de Trump para enviar os militares à divisa antecede as eleições parlamentares de meio de mandato de terça-feira e provocou reações fortes — alguns críticos o qualificaram como uma manobra política que faz mau uso dos recursos militares da nação.