31/01/2020 às 14h27min - Atualizada em 31/01/2020 às 16h46min

Como lidar com a adaptação da criança no berçário ou na escola

Ano novo, vida nova, e a criança, que até tão pouco tempo era um bebê, já está pronta para dar os primeiros passos fora do olhar dos pais, enfrentando e superando novos desafios. Depois do parto e do desmame essa também deve ser considerada uma separação bastante importante. Como será para a família viver, com a criança, essa experiência?

DINO
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Ano novo, vida nova, e a criança, que até tão pouco tempo era um bebê, já está pronta para dar os primeiros passos fora do olhar dos pais, enfrentando e superando novos desafios. Depois do parto e do desmame essa também deve ser considerada uma separação bastante importante. Como será para a família viver, com a criança, essa experiência?

Conhecer crianças novas, aprender a fazer amigos novos, aprender a lidar com novas rotinas e a aproximar-se de adultos, até então desconhecidos, são ações que vão exigir, da criança pequena, coragem, habilidade e esforço e, o tempo que cada criança leva para obter sucesso em cada uma dessas empreitadas vai depender dos recursos afetivos, emocionais e sociais que tem, tudo associado às experiências que ela já viveu.

Mesmo para aquela criança habituada à companhia de outras crianças em parquinhos ou clubes, ir à escola pela primeira vez pode significar desafios porque, enquanto no clube ou no parquinho, não é obrigada a ficar perto de uma criança com a qual teve um entrevero, na escola não há como fugir ou mudar de grupo.

Portanto, enfrentar, resolver e, principalmente, reparar situações de conflito com ações que vão além de um simples pedido de desculpas faz parte da rotina, do crescimento e do desenvolvimento da criança.
Além disso, na escola existem regras e limites, que precisam ser internalizadas pela criança.

Como a escolha da escola faz parte da função materno-paterna, depois de escolhida, e se houver disponibilidade por parte dos pais, é interessante que a criança participe da compra do material e do uniforme.
Ao agir assim a criança terá a oportunidade de participar e engajar-se no projeto da escolha da escola que a família está desenhando para ela.

Apesar de visitas combinadas com antecedência com a escola eleita soarem um pouco artificiais, têm a finalidade de acalmar os pais, dando-lhes a certeza de que fizeram a escolha certa. E em muitos casos, um contato prévio, pode provocar, na criança, uma empatia especial pela escola o que contribuirá no momento da adaptação.

Mas, o que realmente vai fazer toda a diferença (para a criança) são as relações e as atividades que terão lugar naquele espaço e o quanto ela estará apta para fazer parte desse processo. A expectativa alta nesse momento pode prejudicar, e muito, o desempenho da criança, comprometendo a sua espontaneidade.

Nesse caso, devemos fazer ver à criança que nem sempre, diante de situações novas, as coisas acontecem como imaginamos. Para tanto, a nossa expectativa também tem que estar baixa e, temos que ser e estar, principalmente, acolhedores.

Muito planejamento na véspera do dia de aula, no lugar de acalmar a criança, só contribui para aumentar a ansiedade dela e de toda a família. A criança deve ter a sua rotina normal mantida e a ida à escola deve ser encarada como um fato normal e corriqueiro. Portanto, nada de excessos ou pânico... A criança não está indo à lua... Ela está apenas indo para a escola...

Os pais devem ficar atentos quanto ao processo de adaptação que a escola sugere. O ideal é que a escola esteja aberta a fazer adaptações singulares, o que significa atender individualmente às demandas de cada criança/família.

Afinal, estamos falando de crianças muito pequenas que precisam de tempo para assimilar as mudanças que estão começando a acontecer na sua ainda pequena e já atribulada vida. O choro e as recusas fazem parte do jogo de não querer ficar.

Afinal dá trabalho ter de dividir, emprestar, compartilhar e disputar o olhar e a palavra...No entanto, os pais não devem ceder a esses apelos. A criança não pode ter a sensação de que foi incapaz de superar seus próprios medos e desafios.

A troca da escola ou a desistência só deve ocorrer se houver um motivo realmente importante e sempre depois que a criança estiver adaptada. Nunca no meio do processo e sem antes ter uma conversa séria e franca com a direção da escola.

Sobre o Ponto Omega-Berçário e Educação Infantil Bilíngue
Instalado há 37 décadas no bairro dos Jardins, em São Paulo, o Ponto Omega-Berçário e Educação Infantil Bilíngue- é considerado referência em berçário e educação infantil.
Sob a direção de Maria Guimarães Drummond Gruppi, formada em Psicologia pela PUC-SP, em Pedagogia, Especialista em Primeira Infância com pós-graduação em Clínica Interdisciplinar Com Bebês pelo COGEAE, e com diversos cursos na área, como o Brincar na Constituição do Sujeito, e a Intervenção Precoce, ambos pelo Instituto SEDES Sapientiae, atende crianças dos três meses aos seis anos e conta com uma equipe multidisciplinar que inclui a assessoria de especialistas em áreas como fisioterapia respiratória, infectologia e nutrição.

Maria G. Drummond Gruppi- psicóloga, especialista em Primeira Infância, pelo COGEAE PUC SP e diretora do Ponto Omega- Berçário e Educação Infantil Bilíngue.



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