17/04/2024 às 13h53min - Atualizada em 18/04/2024 às 00h03min

Um panorama da saúde mental de empreendedores: como se manter saudável em meio ao caos?

A questão mental tem sido um dos principais problemas para quem empreende em todos os setores. Como combater a insegurança e o medo para evitar problemas?

IT2S
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    São Paulo, 17 de abril de 2024 – Dentro da nossa sociedade atual, um tema tem ficado cada vez mais latente e preocupante: os cuidados com a saúde mental se tornaram mais frequentes nos últimos anos, especialmente após a pandemia. Cada vez mais, pessoas tem buscado ajuda profissional para tratar sintomas de ansiedade, depressão, e tantas outras doenças do espectro mental que assolam a sociedade. 

 

      Porém, quando tratamos sobre a saúde mental de empreendedores, o buraco parece ser um pouco mais embaixo. Segundo pesquisa realizada pela Endeavor Brasil em colaboração com a BID Lab, mais de 94% dos empreendedores do país convivem com ao menos uma condição relacionada à saúde mental. A ansiedade é a mais frequente delas, atingindo 85,6% dos empreendedores, seguida por burnout (37%), depressão (21%) e crise do pânico (22%). 

 

     Para Leonardo Goldim, Fundador e Diretor Executivo do Grupo IT2S, empresa líder de mercado em soluções para segurança da informação e cibersegurança, a jornada empreendedora se torna mais estressante pela cobrança excessiva que trabalhadores recebem externamente e de si mesmos: “existe por parte de muitos empreendedores essa necessidade intensa de estar sendo produtivo a todo momento, de viver pelo trabalho. E tudo tem um preço. Se o dono de uma startup quer um crescimento exponencial da noite para o dia, o preço disso vai ser provavelmente sua saúde mental”. 

 

       “Agora, se você opta por seu estilo e qualidade de vida, o empreendedor precisa esquecer um pouco sobre o que vão falar sobre ele, e entender que o foco é montar uma empresa que tenha um crescimento constante, não necessariamente exponencial e acelerado, mas que, em longo prazo, vai chegar nos mesmos resultados. A diferença é que, esse profissional, ainda estará com a saúde mental em dia”, completa Leonardo”. 

 

     Ainda segundo a pesquisa, a principal causa de problemas relacionados à saúde mental dessas pessoas está relacionada problemas financeiros da empresa (60,2%). A busca por captação de recursos (35,6%) e a situação econômica do mercado (20,3%) são os outros fatores externos que mais atingem a saúde mental dos empreendedores. 

 

     Quando o assunto aborda fatores internos que mais levam à problemas, temos duas causas principais: a dificuldade em equilibrar o trabalho e a vida pessoal, que é um fator para 43% dos entrevistados, e o medo do fracasso, que atinge 30% da base entrevistada. Sobre o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, Leonardo comenta: “Na minha jornada empreendedora, eu sempre busquei separar os meus horários, e definir com clareza qual era meu momento de trabalhar, e qual era o momento de dedicar a mim mesmo, amigos e família. É importante esse autoconhecimento para saber os momentos que você rende mais e definir sua rotina de trabalho, porque o trabalho é parte da sua vida, mas sua vida não pode se resumir somente a ele”. 

 

       A falta de busca por ajuda profissional também acaba sendo um fator crucial para esses números alarmantes. Segundo a pesquisa, apenas 50% dos empreendedores que relataram ter problemas relacionados à saúde mental dizem já ter feito terapia em algum momento. Um número relativamente baixo, e que acaba por demonstrar uma estigmatização do tema por parte de empreendedores, que criam uma espécie de “tabu” sobre o tema. 

 

    Ainda de acordo com o diretor executivo, a busca por ajuda de um especialista é relevante, mas deve estar associada também a outros hábitos: “Acredito que a terapia ajude a solucionar problemas relacionados à saúde mental, mas vejo que ela deve estar associada a uma jornada de autoconhecimento. Pode ser através de um grupo de apoio para trocar experiências e vivências, pode ser através da filosofia, da prática esportiva. Acredito que a terapia seja relevante sim, mas ela deve estar atrelada ao autoconhecimento e a mudança para hábitos que mantenham seu corpo e mente saudáveis”.  

 

     Conversar sobre os problemas pode ser um bom ponto de partida para a melhora. De acordo com os dados da pesquisa, 69,5% dos empreendedores consideram empreender uma jornada solitária, e acabam por não expor os problemas relacionados a empresa para outras pessoas. Por isso, é importante que o assunto seja promovido no ambiente de trabalho, e que empreendedores criem uma rede de apoio entre si para conversar sobre seus problemas em comum. 

 

       Leonardo explica que empreender pode ser uma jornada solitária, mas considera que com o tempo, essa visão foi se modificando: “No início, era de fato uma jornada solitária. Mas sempre foi importante para mim saber dividir meus horários. Acredito que falte para os empreendedores desenvolverem esse ritual, de saber aproveitar o momento, as pessoas que estão a sua volta, e deixar as questões sobre trabalho para falar com redes de apoio de empreendedores e com pessoas do seu convívio profissional, durante o momento de trabalho.  Essa delimitação é importante para manter o equilíbrio mental”.  

 

Sobre a IT2S Group 

Fundado em 2008, tem como objetivo inovar o relacionamento entre as atividades de segurança e privacidade com a rotina diária de pessoas e organizações, tornando essas disciplinas acessíveis a empresas de todos os tamanhos. 

 


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