ReproduçãoO primeiro dia de trabalho na Câmara dos Deputados depois da troca de farpas entre o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi marcado por uma série de visitas de deputados ao gabinete de Lira para apresentar propostas que se encaixem em um “pacote da vingança" contra o governo Lula. A informação é da coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.
Os ânimos entre o governo federal e Arthur Lira se acirraram após o bate-boca entre o presidente da Câmara e o ministro Alexandre Padilha, além da exoneração de Wilson César de Lira Santos, primo de Lira.
De acordo com a publicação, uma das ideias que podem ser adotadas por Lira é abrir uma série de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). O objetivo seria gerar desgaste ao governo e atrasar a votação de projetos de interesse do Palácio do Planalto. O presidente da Câmara já teria autorizado a realização de um levantamento de quais CPIs poderiam ser abertas.
Outra medida que pode ser adotada por Lira é pautar agendas que possam desgastar o governo. Um deles é um projeto de lei apresentado pelo deputado Eli Borges (PL-TO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, que pretende restabelecer a isenção fiscal para líderes evangélicos, dada por Bolsonaro em 2022 e foi anulada por Lula ao assumir o governo.
Desde o início da semana, Lira vem analisando iniciativas para desgastar governo. Uma das primeiras deve ser a derrubada dos vetos de Lula aos R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, o que deve ocorrer ao longo do final de semana. Até então, o presidente da Câmara vinha negociando com o Planalto a liberação de um valor intermediário. Agora, o foco é derrubar o veto e permanecer com os R$ 5,6 bi em emendas.
