29/01/2020 Ć s 10h09min - Atualizada em 30/01/2020 Ć s 19h22min

Arie Halpern: União Europeia decide a favor de Airbnb e viabiliza continuidade do aplicativo

Decisão de Tribunal de Justiça da União Europeia considera o Airbnb um serviço da sociedade da informação, e não uma empresa imobiliÔria, como queria a associação de hotéis da França.

DINO
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Uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia publicada nesta sexta-feira, 20 de dezembro, deixou os turistas de fim de ano do Velho Continente aliviados. Os magistrados entenderam, em favor do aplicativo de locação Airbnb, que ele não se configura como um corretor imobiliÔrio tradicional, e, portanto, não precisa das licenças correspondentes, que, na prÔtica, inviabilizariam o seu funcionamento nas configurações atuais. O processo havia sido movido pela Associação Francesa de Turismo e Acomodação Profissional (AHTOP), sob a alegação que o Airbnb estava agindo como uma imobiliÔria informal, violando um ato local conhecido como Lei Hoguet. Se o Tribunal tivesse decidido de outra maneira, haveria um efeito dominó, e o aplicativo acabaria por enfrentar problemas semelhantes em outros países da União Europeia, e talvez fora do continente.

O mais popular serviƧo online de aluguĆ©is de curto perĆ­odo do mundo foi fundado em 2008 pelos empresĆ”rios Brian Chesky, Joe Gebbia e Nate Blecharczyk. Desde entĆ£o, mais de 400 milhƵes de pessoas jĆ” o utilizaram em todo o globo. Ɖ possĆ­vel alugar acomodaƧƵes em 191 paĆ­ses por meio do aplicativo, e, em 31 deles, hĆ” escritórios próprios da empresa. Esses nĆŗmeros dĆ£o uma ideia de como o Airbnb, em uma dĆ©cada, revolucionou o setor de acomodaƧƵes, multiplicando a oferta de leitos e obrigando a adaptaƧƵes nas redes hoteleiras tradicionais.

Na decisão, os juízes entenderam que se trata de um "serviço da sociedade da informação" e não um corretor imobiliÔrio. Foi uma decisão diversa da proferida a respeito do Uber, em 2017, que considerou o aplicativo de transportes como uma empresa, e assim exigiu licenças de seus motoristas na Europa. A diferença, para as autoridades, é que os proprietÔrios das casas e apartamentos puderam alugÔ-las por outros canais, e o Airbnb não definiu nem limitou o aluguel cobrado; jÔ o Uber define a tarifa e atribui a cada passageiro um motorista. Assim, o Airbnb foi considerado um "serviço complementar".

Do ponto de vista daqueles que aumentam sua renda alugando um cÓmodo ou um imóvel inteiro, e também de quem busca as melhores opções de acomodação levando em conta economia e conveniência, a decisão deve ser comemorada. O aplicativo é um dos melhores exemplos de como o mundo interconectado veio para transformar relações de trabalho, de consumo e interpessoais. Problemas causados por esse sistema de aluguéis até hoje têm sido incidentais, realmente em número muito reduzido, em relação aos benefícios por ele trazidos. E se hÔ uma tendência a ser apontada, é que, cada vez mais, serviços em Ôreas diversas sigam o modelo aberto pelos aplicativos como Airbnb e Uber.

Com informaƧƵes: BBCTech; Airbnb; El Paƭs; Muchneeded



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