ReproduçãoA relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos humanos nos territórios palestinos se manifestou dizendo que existem motivos contundentes para afirmar que Israel comete "atos de genocídio em Gaza".
As informações constam em um relatório divulgado, nesta segunda-feira (25), que menciona inclusive o risco de "uma limpeza étnica" diante da situação entre Israel e Palestina.
"A índole e a escala do ataque israelense contra Gaza e as destrutivas condições de vida que desencadearam revelam uma tentativa de destruir os palestinos fisicamente como grupo", afirma a relatora Francesca Albanese.
O relatório vai ser apresentado por ela ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, nesta terça-feira (26). Israel, em contrapartida, chamou essas conclusões de “inversão obscena da realidade”.
O documento da relatora, que tem como título “Anatomia de um Genocídio”, afirma que “existem motivos razoáveis para acreditar que se alcançou o limite que indica que foram cometidos atos de genocídio contra os palestinos em Gaza".
As declarações de Francesca Albanese não têm caráter oficial, mas a especialista independente designada pelo Conselho de Direitos Humanos enumerou vários desses atos.
Francesca afirma que “matar membros do grupo" designado ou impor aos mesmos, "deliberadamente, condições de vida destinadas a causar a sua destruição física total ou parcial" como sinais de sua denúncia.
A missão diplomática de Israel em Genebra declarou que “rejeita veementemente o relatório” e classificou suas conclusões como “uma mera extensão da campanha que busca minar o estabelecimento do Estado judeu”. “A guerra de Israel é contra o Hamas, e não contra os civis palestinos”, ressaltou.
