23/03/2024 às 22h29min - Atualizada em 23/03/2024 às 22h29min

Análise: governo acredita ter feito a arrumação; agora, falta surtir efeito

Ano da colheita, 2024, já começou tem quase quatro meses, mas o silo da popularidade só esvazia

Ab Noticia News
CNN
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem repetindo que seu primeiro ano de governo foi de plantio: o resgate ou redesenho de programas sociais como Bolsa Família, Farmácia Popular, e Minha Casa, Minha Vida. Também entram no pacote a recomposição do salário mínimo, fim de isenções tributárias. E até inovações, como a aprovação da primeira etapa da reforma tributária.

O ano da colheita, 2024, já começou tem quase quatro meses, mas o silo da popularidade só esvazia, conforme mostram pesquisas de opinião de diferentes institutos. A mais recente, Datafolha da última quinta-feira (21), apontou queda na aprovação.

O número percentual dos entrevistados que hoje consideram o governo bom ou ótimo caiu de 38% em dezembro para 35% em março. E o dos que avaliam como ruim ou péssimo passou de 30% no último mês de 2023 para 33% neste mês.
 

Embora saiba que a entrega de sua gestão esteja aquém das promessas, Lula não se conforma com a resposta da opinião pública. Ministros, marqueteiros, conselheiros e palpiteiros, tampouco.

O presidente tem a convicção de que o caminho de seu governo está certo. E que sua safra é boa, especialmente ao comparar com o que ofereceu e continua ofertando seu concorrente.
 

Na avaliação interna, há alguns culpados: inflação sazonal de alimentos, declarações polêmicas contra Israel e, principalmente, a falta de comunicação dos feitos desta gestão.

Lula tomou as rédeas. Em reunião ministerial cobrou resultados, distribuiu broncas e exigiu que os ministros divulguem as ações das pastas.

Também já está na praça uma licitação de cerca de R$ 200 milhões para empresa de propaganda, conforme apuração do analista Caio Junqueira.

Auxiliares de Lula terminam a semana dizendo que as correções de rumo estão sendo feitas e que neste ano mesmo a curva de aprovação, hoje descendente, vai começar a subir.

O que está em jogo não é só a glória pessoal da reabilitação política de quem já foi dado como uma carta fora do baralho.

O presidente sabe que o reconhecimento de seu trabalho pode ter consequências nas eleições municipais deste ano. E, mais ainda, na possível volta do bolsonarismo em 2026, mesmo que Jair Bolsonaro (PL) fique fora da disputa.
 


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