A cuidadora Edilaine da Conceição Martins, de 42 anos, viu sua filha, a técnica de farmácia Laysla Conceição Quirino, de 27 anos, delirando com uma febre que chegava a 41 graus. Laysla foi atormentada por três dias por esse sintoma e por fortes dores lombares do lado esquerdo do corpo. Elas, então, buscaram ajuda médica.
“Quando os resultados dos exames saíram, a médica disse que minha filha precisava ser transferida para outro hospital às pressas, pois corria risco de perder o rim e desenvolver uma infecção generalizada”, diz Edilaine. Ela recorda que já estava assustada por ver sua filha sofrendo tanto, mas, depois de conversar com a médica, o medo e a preocupação tomaram conta de seus pensamentos.
Ela sabia a quem recorrer
Ambas já frequentavam a Universal há mais de dez anos e, graças a isso, Edilaine se lembrou dos ensinamentos que recebeu nas reuniões, passou a rejeitar tudo que era negativo e a crer em um milagre. “Ali no hospital, quando eu estava com a minha filha, havia uma voz dentro de mim que gritava para que eu não aceitasse aquela doença. Comecei a clamar a Deus em pensamento”, relembra Edilaine.
Enquanto sua filha recebia tratamento intensivo da equipe médica, ela tentava entender melhor o que estava acontecendo com ela: “quando chegamos ao hospital, minha filha foi para a emergência. Eu questionei a médica sobre o estado dela e quanto tempo seria necessário para que ela começasse a reagir e revertesse aquele quadro. A médica me disse que não havia um tempo determinado e que a Laysla estava com pielonefrite, uma infecção bacteriana que poderia levar à falência múltipla dos órgãos e à morte a qualquer momento. Ouvi isso repetidas vezes”.
Em razão da aparente incapacidade dos médicos curarem sua filha, Edilaine buscou na fé a salvação dela.
Fé na prática
Enquanto Laysla estava internada tomando antibióticos para tratar a infecção no rim, Edilaine seguiu participando das reuniões na Universal. Ela levava uma peça de roupa da filha e uma garrafa com água para ser consagrada. “Eu ia para a igreja com o coração partido, pois deixava minha filha chorando no hospital, mas eu ia em busca da Direção de Deus para ajudá-la. Apesar de ser bombardeada por preocupações, eu tinha certeza de que Deus estava ali. Eu orava no Altar, pedia pela cura da minha filha e saía dali com fé e a certeza de que tudo logo acabaria”, conta.
Os primeiros dias foram tão difíceis que Laysla não conseguia se alimentar. Edilaine levava a água consagrada na Universal para que ela bebesse, vestia-a com as roupas que tinham sido consagradas no Altar e sempre repreendia os pensamentos e as notícias negativas que chegavam até ela.
Sem ter uma previsão por parte dos médicos de quanto tempo Laysla levaria para vencer a infecção, Edilaine orava ainda mais e usava sua fé para impedir que a morte entrasse no quarto de sua filha. Até que, após cinco dias, a jovem não sentiu mais dores e os exames não mostravam mais vestígios da bactéria. Ela não corria mais risco de morte e sua mãe agradeceu a Deus, pois sabia que a vitória que estavam vivendo viera por meio do Seu poder e da fé empenhada. Os rins de Laysla voltaram a funcionar plenamente e ela recebeu alta. Hoje, ela não tem nenhuma sequela da doença que poderia ter tirado sua vida.
A pielonefrite é uma infecção bacteriana que afeta os rins e é causada por um tipo específico de infecção do trato urinário (ITU). Essa inflamação, geralmente, tem início na uretra e, quando não tratada adequadamente, pode se propagar para um ou ambos os rins, torna-se crônica e compromete o funcionamento renal.
A ocorrência da pielonefrite em mulheres é maior do que em homens, por conta da anatomia da uretra feminina, que é mais curta e tem a abertura próxima ao ânus, o que facilita a entrada de micro-organismos no trato urinário.
A pielonefrite é potencialmente perigosa, pois as bactérias responsáveis pelo problema podem entrar na corrente sanguínea e levar a pessoa a um quadro de sepse.
Os sintomas mais comuns são febre, vontade frequente de urinar, dores nas costas, laterais ou na região genital, náuseas, vômitos, sangue na urina e confusão mental, que geralmente ocorre em idosos.
O tratamento principal é feito com a administração de antibióticos.
Fontes: Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein
