08/02/2024 às 08h47min - Atualizada em 08/02/2024 às 08h50min

Deputados baianos se dividem entre apoio e silêncio sobre continuidade do Perse

Adolfo Viana (PSDB) e Jonga Bacelar (PL) defenderam manutenção de programa de apoio ao setor de eventos

AB NOTICIA NEWS
BNEWS
Reprodução

Os deputados federais Adolfo Viana (PSDB) e Jonga Bacelar (PL) defenderam nesta terça-feira (6) a manutenção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), cujo fim é defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O Ministério da Fazenda avalia que o programa criado no auge da pandemia da Covid-19 para auxiliar o setor de eventos abriu margem para crimes de lavagem de dinheiro, superfaturamento e atividades ilícitas.

Em troca de mensagens com o BNEWS, nesta terça-feira, Jonga Bacelar se posicionou: "Aprovo, sim [a manutenção do Perse] até que o ministro Haddad prove a fraude [alegada pelo ministério]. [Este é um] Segmento que foi quase aniquilado na pandemia e que emprega milhares de postos de trabalho". O Perse entrou em vigor em maio de 2021 com prazo para terminar em dezembro de 2026. No entanto, a Medida Provisória 1202, editada pelo governo em dezembro, revoga gradualmente os benefícios até janeiro de 2025.

No plenário da Câmara nesta terça, o líder da Federação PSDB/Cidadania, Adolfo Viana (BA), reagiu à proposta do governo federal. “Sabemos o quanto a pandemia prejudicou esses setores. Com o programa, as empresas conseguiram se reabilitar financeiramente, pagar seus débitos por meio de linhas de crédito e voltaram a trabalhar gerando empregos e renda”, lembrou. O tucano disse estar surpreso com a nova proposta do governo de revogar o programa, depois que muitas empresas foram reestruturadas com as medidas.

 

“Essas empresas foram atrás de linha de crédito para pagar seus débitos em cinco anos e agora, surpreendentemente, aparece a proposta dizendo que o benefício será esgotado. Se salvamos as empresas há dois anos e terminarmos com o Perse antes, vamos quebrar essas empresas que se reabilitaram”, alertou.

A MP encaminhada pelo governo ao Congresso estabelece que o programa acabará assim que os recursos de R$ 20 bilhões previstos chegarem ao fim. Em uma reuniãocom a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Haddad estimou que as declarações já estariam indicando o custo de quase R$ 17 bilhões e que projeções indicariam um rombo de até R$ 100 bilhões se não houver correção. Empresários do setor, entretanto, afirmam que essas fraudes não estão relacionadas a essas atividades.

Como mencionado no início da matéria, alguns parlamentares preferiram não se manifestar sobre o tema. O BNEWS tentou ouvir os deputados Mário Negromonte Júnior (PP), Paulo Azi (União Brasil) e Lídice da Mata (PSB), mas os parlamentares não se manifestaram até a publicação dessa matéria.

 


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