06/02/2024 às 00h59min - Atualizada em 06/02/2024 às 01h00min

Começa o julgamento de Daniel Alves na Espanha, e jogador se diz vítima de 'tribunal paralelo'

Preso desde janeiro de 2023, ex-jogador é acusado de estuprar mulher em uma boate de Barcelona. Julgamento durará três dias e ouvirá 28 testemunhas. Jovem que o acusa prestou depoimento nesta segunda em sala reservada. Alves pediu para mudar data de seu depoimento e falará apenas na quarta-feira (7).

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução

Começou na manhã desta segunda-feira (5) o julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, acusado de ter estuprado uma mulher em uma boate em Barcelona.

Alves, que está preso há 381 dias em prisão preventiva, foi à Audiência de Barcelona, a instância mais alta da Justiça local, para prestar depoimento no julgamento, que durará três dias e ouvirá outras 28 testemunhas e a jovem espanhola que acusa o brasileiro, além do prórpio Alves.

A Promotoria de Barcelona pede 12 anos de prisão para o brasileiro (leia mais abaixo). Ainda não há previsão para a sentença sobre o caso

A jovem que acusou Alves prestou depoimento na sessão desta segunda — não havia confirmação de que ela participaria do julgamento até o início da sessão. Acompanhada de psicólogos, ela falou aos juízes na mesma sala em que o brasileiro estava, mas os dois não tiveram contato visual.

Sua voz foi destorcida para proteção, e a imprensa foi proibida de acompanhar o depoimento — desde o início do caso, a juíza responsável pelo julgamento proibiu a divulgação da identidade e de imagens da jovem. O Tribunal não havia divulgado detalhes do teor até a última atualização desta reportagem.

Já Alves, que pelo cronograma inicial do julgamento falaria já nesta segunda-feira, pediu para que seu depoimento fosse adiado para quarta-feira, após todas as testemunhas fossem ouvidas. O pedido foi acatado

Esta foi a primeira vez que ele apareceu publicamente desde que foi preso, em 20 de janeiro de 2023.

No início da sessão, a advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, afirmou que o jogador se diz vítima de um "tribunal paralelo", feito pela opinião pública. A defesa pediu ainda a anulação do julgamento, alegando que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima.

Guardiola solicitou também que novos testes fossem realizados e, só depois disso, o julgamento fosse retomado. A juíza ainda não havia contestado o pedido até a última atualização desta reportagem, mas a Promotoria contestou na sessão que todos os direitos do acusado foram preservados.

A mãe de Alves também participou do julgamento. Lucia Alves, que foi a primeira a chegar ao Tribunal, é uma das 28 testemunhas convocadas para falar no caso.


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