Uma bem-aventurança
Em concordância com o propósito 9 Domingos das Bem-Aventuranças, que teve início em 7 de janeiro e vai até 3 de março, o Bispo falou das lições contidas em Mateus 5.7, que diz “bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”.
Uma pessoa bem-aventurada é aquela que alcança a felicidade plena, aquela que é felizarda, abençoada e escolhida. Todavia, para se tornar essa pessoa, é necessário usufruir da misericórdia de Deus. O que ela é? A resposta está em Lamentações 3.22-23: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”.
Em outras palavras, em vez de sermos imediatamente condenados por nossas escolhas, palavras e atitudes erradas, o que recebemos é a oportunidade de recomeçar e optar por escolhas, palavras e atitudes corretas. “Misericórdia é o perdão que alguém nos dá quando nós não merecemos, quando alguém releva algo que fizemos e que não deveria relevar porque o que merecemos é castigo, punição e rejeição, mas, pela misericórdia não merecida, recebemos o perdão. É isso que Deus faz conosco e Ele nos chama nessa bem-aventurança para sermos iguais a Ele. (…) Então Deus fala o seguinte: ‘quem planta misericórdia hoje, vai colher misericórdia amanhã’”, ensinou.
É preciso plantar para colher, o que é corroborado na oração do Pai-Nosso, em que Jesus ensina que devemos perdoar os erros dos homens antes de pedir o perdão de Deus (Mateus 6.14-15). Muitos têm dificuldade de perdoar por pensarem que isso significa que o outro sairá ileso das maldades que praticou, mas o Bispo esclareceu essa concepção: “o perdão não é para maldade que o outro fez, mas é sobre a bondade que precisa existir em você”.
Um degrau para o futuro
O perdão é uma das principais maneiras de colocar uma pedra sobre o passado e engloba perdoar alguém, perdoar a si mesmo ou buscar o perdão de Deus. Ao fazer isso, a pedra ainda se torna um degrau para o futuro. Isso não significa uma amnésia, ou seja, que todos os acontecimentos serão completamente esquecidos, mas, sem dúvida, serão superados e lembrados apenas como testemunho. “Passado é referência, não é residência”, resumiu o Bispo, que acrescentou: “se preocupe com as coisas novas que Deus vai fazer com você daqui para a frente. Use o passado como referência. Use a pedra para colocar no passado, pisar por cima e fazer dela um degrau para que você avance”.