01/02/2024 às 15h54min - Atualizada em 02/02/2024 às 00h01min

1º de fevereiro é o DIA DO TOMATE

A Tomate BR, associação criada em prol do desenvolvimento sustentável da cadeia tomateira, traz informações sobre produção, cenário e expectativas para 2024

Tatiana Ferrador
Tomate BR
Divulgação

O Brasil ocupa variavelmente a 6ª ou 7ª posição no ranking global de produção de tomate destinado ao processamento, com os três primeiros lugares sendo ocupados pelos Estados Unidos, China e Itália.
O produto a base de tomate está presente em praticamente todos os lares brasileiros e constitui um mercado amplamente diversificado que abrange todas as classes de consumo, oferecendo desde produtos premium até os mais populares. Ou seja, de molhos para macarrão saudáveis ​​a condimentos saborosos, os produtos a base de tomate são deliciosos e saborosos e estão repletos de nutrição incrível, sendo uma boa fonte de vitamina C, fibras, potássio, ferro, licopeno e outros antioxidantes. Melhor ainda, quando os tomates frescos são rapidamente cozidos para se tornarem produtos de tomate, o licopeno torna-se ainda mais fácil de ser absorvido pelo corpo.

E hoje, 1º de fevereiro, data em que se comemora do Dia do Tomate, a Tomate BR, Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial, traça um panorama do setor e da cadeia produtiva e ainda faz um alerta sobre os desafios quanto à sua sustentabilidade.
Como explica Vlamir Breternitz, Diretor Secretário da TOMATE BR, A Safra de Tomate para processamento no Brasil em 2023 foi, sem dúvidas, uma das mais desafiadoras já enfrentadas pela cadeia produtiva. Quebras na produtividade, decorrentes de condições climáticas e produtivas adversas, resultaram em um volume cerca de 22% inferior ao inicialmente programado pelas indústrias. “Este cenário impactou significativamente nos planejamentos industriais e, igualmente, na rentabilidade dos produtores, que se viu praticamente nula diante dos custos de produção”, diz. “No ano de 2023, cultivamos uma área superior com tomate no Brasil; contudo, a quantidade produzida foi inferior à registrada em 2022”.
Atualmente, há uma restrição global na oferta de matéria-prima, o que exerce pressão adicional sobre os custos de produção. “O Brasil, não sendo autossuficiente em matéria-prima de atomatados, se vê obrigado a importar uma parte significativa de sua demanda, gerando pressão no mercado interno. Além dos desafios relacionados à oferta, o mercado de atomatados é altamente sensível à situação econômica do país, condição que pode influenciar significativamente o consumo e, por conseguinte, impactar as operações industriais e produtivas”, complementa Breternitz,


Produtividade no Brasil nas Principais Regiões Produtoras:
 
  • Nos últimos anos, observou-se um crescimento consistente na produtividade brasileira.
  • Entretanto, em 2023, retornamos aos níveis produtivos da década passada, encerrando a safra com uma produção de aproximadamente 77 toneladas de frutos por hectare colhido.
  • Esta situação, atípica segundo as expectativas de toda a cadeia produtiva, gera a esperança de que em 2024 os números retornem a patamares próximos aos registrados em 2022.

Regiões Produtoras:
A produção de molhos e derivados de tomate está ativa em grande parte do país. Contudo, a produção dos frutos concentra-se, em ordem de quantidade produzida, nos estados de:
  • Goiás (responsável por quase 70% do total produzido)
  • Minas Gerais
  • São Paulo.


Crescimento
Comparativamente a 2022, a área cultivada de tomate para processamento cresceu 6%, no entanto, devido a fatores climáticos e produtivos, observou-se uma redução de 7% na quantidade de frutos produzidos no mesmo período.
Para 2024, é esperado um aumento na área plantada, embora essa condição ainda não esteja totalmente consolidada, uma vez que as situações climáticas e operacionais continuam em definição.
Área Plantada e Sazonalidade da Cultura:
O Brasil se destaca como um dos poucos países que cultivam tomate para processamento industrial durante o inverno, diferentemente dos demais que possuem condições climáticas favoráveis apenas no verão. Assim, todas as regiões produtivas do país realizam o cultivo do tomate entre fevereiro e outubro, com o período de transplantio ocorrendo de fevereiro a junho e a colheita de junho a outubro de cada ano.

Custo de Produção:
O cultivo de tomate para processamento envolve tecnologia agrícola avançada e mobiliza uma extensa cadeia produtiva. Em comparação com 2023, a tendência para 2024 indica estabilidade nos custos de produção, com uma redução nos valores de aquisição de insumos, mas aumentos expressivos nos custos relacionados à mão-de-obra e logística.
Rentabilidade:
A cadeia produtiva do tomate enfrenta margens estreitas em todos os cenários, tanto na indústria quanto entre os produtores de tomate. Os custos de produção variam entre 80 e 90 toneladas por hectare, dependendo do nível de tecnologia empregado no cultivo.
Essa pressão representa um desafio significativo para toda a cadeia, uma vez que qualquer descontrole pode resultar em prejuízos consideráveis.
Balanço Geral da Cultura em 2023 e Tendência para 2024
Apesar dos desafios identificados em 2023, a expectativa para a safra de 2024 é positiva.
Gargalos produtivos e operacionais identificados no ano anterior estão sendo corrigidos pela cadeia, e prevê-se uma situação climática mais estável, com menos ocorrências de chuvas, especialmente no primeiro semestre do ano, favorecendo as lavouras que operam sob sistemas de irrigação.

A TOMATE BR acredita que apesar dos grandes desafios que estão por vir, um trabalho conjunto de fabricantes e varejo se faz cada vez mais necessário para que a cadeia estabeleça um desenvolvimento sustentável e viável economicamente, dirimindo impactos e buscando soluções benéficas a todos os envolvidos.


Sobre a Tomate BR: A Tomate BR, Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial, que representa mais de 80% do mercado focados em estabelecer Princípios de Valorização e Rentabilidade da Cadeia, ofertando produtos com controle e padrões de qualidade e segurança. A associação também integra o World Processing Tomato Council (WPTC), que é uma organização internacional sem fins lucrativos que representa a indústria de processamento de tomate. Atualmente, seus associados, que são organizações profissionais de produtores e/ou processadores representativos de sua área de produção, representam mais de 95% do volume de tomate processado no mundo.

Informações para a Imprensa:

Tatiana Ferrador
(11) 98245-0919
[email protected]






 

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