ReproduçãoSem precisar gastar sola de sapato, bater aquele prato de feijão em casa de possíveis eleitores, debater os problemas da cidade. E mais. Sem receber um único voto os onze sub-prefeitos de Salvador ganham um polpudo salário, ficando acima do dos secretários e quase o valor do que percebe o prefeito Bruno Reis (União Brasil).
Eles são indicados, normalmente, por vereadores da base ou por político de alta patente, como deputados. Não raro, o BNews recebe denúncia do uso político-eleitoral das estruturas que abrigam serviços de secretarias e autarquias. As prefeituras-bairro foram criadas para descentralizar os serviços prestados pela prefeitura.
De acordo com o portal transparência, cada sub-prefeito recebe, por mês, pouco mais de R$19 mil (já com todos os descontos). A remuneração bruta é de aproximadamente R$ 25 mil.
As sub-prefeituras e os sub-prefeitos são Centro Histórico (Humberto Sturaro), Valeria (Kelly Morais), Itapuã (Danilo Farias), Cidade Baixa (Fábio da Mata), Barra/Pituba (Ian Mariani), Cajazeiras (Alessandro Bastos), Liberdade/São Caetano (Wagner Andrade), Pau da Lima (Edmar Sobrinho), Ilhas (Afonso Rocha), Brotas (Alan Santos), Cabula/Tancredo Neves (André Maracajá).
As prefeituras-bairro foram criadas pelaLei Nº 8.376/2012 e estão sob o guarda-chuva da Secretaria de Governo. Os órgãos tem a finalidade de ofereceros principais serviços da Prefeitura.
A intenção é descentralizar a gestão pública.Cada sub-prefeitura abarca entre quatro e 22 bairros e oferece entre 14 e 27 serviços municipais, além da Coelba e INSS.
De acordo com matéria disparada à imprensa, em 2023 as sub-prefeituras realizaram mais de 700 mil serviços à população, um acréscimo de 25% em relação ao ano anterior.
