01/02/2024 às 08h48min - Atualizada em 01/02/2024 às 08h48min

Ministério Público investiga hospital que se recusou a colocar DIU em paciente por seguir "diretrizes de uma instituição católica”

Hospital se recusou a colocar procedimento contraceptivo em paciente na última segunda-feira (23)

AB NOTICIA NEWS
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Reprodução
Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito contra o Hospital São Camilo após a instituição se recusar a realizar procedimentos contraceptivos, tanto em homens quanto em mulheres, alegando seguir "diretrizes de uma instituição católica". 

A abertura do inquérito foi solicitada pela deputada estadual Andréa Werner (PSB) em resposta à recusa do hospital em realizar a colocação de um dispositivo intrauterino (DIU) em Leonor Macedo, uma produtora de conteúdo de 41 anos, ocorrida na última segunda-feira (23).
 

O MP-SP justifica a abertura do inquérito afirmando que a prática de recusar procedimentos contraceptivos pode violar dispositivos constitucionais e legais.

Segundo o órgão, o planejamento familiar é um direito decorrente dos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, e o Estado deve fornecer os recursos necessários para o exercício desse direito, sem qualquer forma de coerção, conforme estabelecido pelo art. 226, § 7º, da Constituição Federal.

A Promotoria deu um prazo de 15 dias para a Sociedade Beneficente São Camilo se manifestar sobre a investigação. Além disso, solicitou esclarecimentos sobre se a recusa a procedimentos contraceptivos também se aplica aos pacientes que buscam a rede pelo SUS e aos clientes do plano de saúde São Camilo. 
 


 


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