15/01/2024 às 08h20min - Atualizada em 15/01/2024 às 08h25min

Governo faz 'pente-fino' e Bahia tem mais de 1 milhão de cadastros do Bolsa Família bloqueado

Além da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro são os únicos estados com milhão de bloqueios

AB NOTICIA NEWS
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Reprodução
Um 'pente-fino' foi realizado nos cadastros dos beneficiários do Bolsa Família ao longo de 2023, e isso resultou no bloqueio do cadastro de 8,4 milhões de famílias.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os cortes aconteceram com famílias que apresentavam algum 
tipo de inconsistência no cadastro, de renda ou composição familiar, além de beneficiários que tinham informações desatualizadas há muito tempo.
 

Em dados obtidos pelo Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação, revelam o número de famílias que tiveram o benefício cancelado entre os meses de março, quando se iniciou o processo de revisão, e dezembro.

No total, conforme dados, foram 8.423.205 beneficiários retirados do Bolsa Família, sendo que boa parte deles são da região Nordeste (3.762.332) e Sudeste (3.023.165), locais que possuem maior parcela de beneficiários.

A Bahia, inclusive, foi um dos três estados que ultrapassaram a marca do milhão de beneficiários cortados. Os outros dois foram São Paulo e Rio de Janeiro.
 

Segundo o Observatório do Cadastro Único, atualmente, 21 milhões de famílias recebem o benefício, sendo que 9,4 milhões estão no Nordeste e 6,2 milhões no Sudeste.

A Bahia teve 1.091.646 bloqueios, enquanto São Paulo teve 1.188.878 benefícios cortados. Já o Rio, contabilizou 1.076.518 cortes.

Segundo o MDS, a medida faz parte de uma série de ações de "retomada" do Bolsa Família, que, segundo a pasta, foi "modificado e destruído". 

 

No início do ano, o MDS começou um processo de averiguação para encontrar famílias com inconsistência na renda ou na composição familiar declarada no registro. Houve ainda a revisão de cadastros desatualizados.

O Bolsa Família é destinado a famílias com renda per capita, ou seja, por pessoa, de, no máximo, R$ 218 mensais. Em 2023, o governo elevou o valor mínimo do benefício, passando de R$ 400 para R$ 600 por família. Além do montante, beneficiários podem ter acréscimo de R$ 150 por criança de até 6 anos, e de R$ 50, em caso de gestantes, crianças e adolescentes até 18 anos.


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