15/01/2024 às 08h08min - Atualizada em 15/01/2024 às 08h10min

Um ano após Lula classificar situação de desumana, superlotação segue em hospital improvisado a yanomamis

O Ministério dos Povos Indígenas disse que já solicitou ações imediatas do Ministério da Justiça para ajudar os yanomamis

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Quase um ano após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter considerado, em visita a Boa Vista, que a situação era desumana, a Casai (Casa de Saúde Indígena) Yanomami segue funcionando como um hospital improvisado e com lotação acima de sua capacidade.

A declaração de emergência em saúde pública ocorreu em 20 de janeiro de 2023. Lula foi a Boa Vista no dia seguinte, ocasião em que fez uma visita à Casai. Ele prometeu que equipes médicas chegariam às aldeias no território, para evitar o transporte de yanomamis e parentes à cidade, em busca de tratamento.

Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não acreditaria", disse o presidente na ocasião.

 

"Uma das formas de resolver isso é montar plantão da saúde nas aldeias, para que a gente possa cuidar deles lá. Fica mais fácil a gente transportar dez médicos do que transportar 200 índios", completou.

As remoções são feitas em voos que duram de uma a duas horas. Os aviões são custeados pela Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde. A promessa ainda está longe de uma efetividade. A Casai segue com mais pessoas do que vagas existentes. Até terça-feira (9), quando a reportagem da Folha esteve no espaço, havia 276 pacientes e 310 acompanhantes, num total de 586 indígenas. A capacidade da Casai é de 442 redes e 16 leitos.

A unidade continua operando como um hospital improvisado, enquanto sua função inicial é servir como uma casa de passagem e acolhimento para os indígenas e familiares que precisam de atendimento na rede hospitalar em Boa Vista.

 


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