Novo diretor de programa educacional da Prefeitura de Saquarema

Um colaborador da liderança da Prefeitura de Saquarema, na Região dos Lagos, é o novo diretor encarregado pelo "Conexão do Futuro", o programa que demandará R$ 326 milhões dos cofres públicos para aulas de reforço e atividades extracurriculares para estudantes da rede municipal.

Pablo Correa tem como cliente Antônio Peres, ex-prefeito, esposo da prefeita Manoela Peres e atual secretário municipal de Educação. É Antônio Peres quem está encarregado do programa educacional milionário.

Em uma rede social, Pablo - o novo diretor de um dos maiores programas de educação do país - se descreve como personal trainer. Ele também já ocupou o cargo de diretor de Esportes na Prefeitura de Saquarema.

A ação de improbidade administrativa, movida no mês passado, destaca que Lucas é professor de luta e não possui qualificação profissional adequada para ser diretor de um programa dessa envergadura.

Outros contratos suspeitos
A farra dos contratos com o grupo empresarial de Lucas Amorim Floriano não começou com o "Conexão do Futuro".

A empresa dele começou a prestar serviços para a Prefeitura de Saquarema quando ele ocupava um cargo de confiança no município.

A empresa foi a única a participar de uma concorrência presencial, no início da pandemia.

Na semana anterior à formalização do contrato, o governo do Estado havia imposto medidas de isolamento social, com a suspensão de aulas e proibição de atividades com público.
A oficialização do contrato só foi publicada no Diário Oficial em 24 de novembro de 2021. Até então, havia sido suspenso. E os pagamentos só começaram em dezembro daquele ano.

Lucas havia sido nomeado em julho de 2021 para o cargo de assessor de comunicação em redes sociais.
Ao longo de pouco mais de 2 anos, a empresa recebeu mais de R$ 1,6 milhão. Além do salário a que Lucas tinha direito.
O contrato continuou vigente até o final do ano passado, após várias renovações.

No término do contrato, no último Diário Oficial de 2023, o atual secretário municipal de Educação, Antônio Peres, alega que a rescisão foi motivada por notícias veiculadas na imprensa.