10/01/2024 às 14h41min - Atualizada em 10/01/2024 às 14h41min

Cármen Lúcia pede informações à Braskem e prefeitura de Maceió sobre acordo de R$ 1,7 bi

Ministra Cármen Lúcia solicita informações à Braskem sobre caso envolvendo minas na capital alagoana

AB NOTICIA NEWS
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ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (8) que a Prefeitura de Maceió (AL) e a Braskem prestem informações em até 30 dias sobre o acordo de R$ 1,7 bilhão firmado entre as partes, no âmbito das minas para extração de sal-gema que ameaça desabar sob a capital alagoana.

O acordo prevê a quitação por parte da mineradora por possíveis danos decorrentes da atividade, e foi assinado em julho, pouco antes de partes da mina começarem a entrar em situação de colapso. No final de dezembro de 2023, a prefeitura indicou que quer rever esses acordos.

 

A ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceitos Fundamentais) que corre no STF questiona os termos deste arranjo. O pedido foi feito pelo governador de Alagoas, Paulo Dantas, aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), principal fiador da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a companhia.

Dentre os pontos questionados está justamente as "cláusulas que disponham sobre quitação à Braskem pelos danos causados pela subsidência do solo" ou a "autorização de transmissão de propriedade imobiliária", que permitiu que empresa tomasse posse do terreno sobre a mina, que era antes da prefeitura. Também é pedido que seja revistas as cláusulas que tratam de temas socioambientais, acordos "celebrados visando a indenização de vítimas" e a requalificação de uma área conhecida como Flexal.

Como mostram documentos obtidos pela Folha de S.Paulo, os moradores dessa região foram relegados a uma espécie de isolamento social pelo programa de realocação da Braskem para a população afetada pelas minas que correm risco de desabar.


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