Resíduos pós-explosão em indústria de Paulínia atingiram rede de drenagem e terreno vizinho, diz Cetesb

Questionada se há danos ambientais, agência disse apenas que vai analisar os relatórios exigidos à empresa. Ocorrência deixou dois feridos e envolveu dois produtos químicos.

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Uma inspeção da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) nas instalações da empresa Solenis, em Paulínia (SP), onde uma carreta-tanque com produto químico explodiu na manhã de terça-feira (2), apontou que parte da água do combate ao incêndio atingiu a rede de drenagem de águas pluviais da indústria e o solo de um terreno vizinho

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3). Ainda de acordo com os técnicos, parte dos produtos e das águas também ficaram retidas nas bacias de contenção do tanque e na plataforma de descarregamento. A Cetesb informou que vai exigir relatórios detalhados da empresa e, ao final, serão avaliadas as ações legais cabíveis.

De acordo com a companhia, o episódio envolveu dois materiais:

a epicloridrina, uma substância química inflamável e tóxica utilizado na produção de papel, armazenada em um tanque da empresa;
e a dietilenotriamina, que estava no caminhão que realizava a descarga do produto.

A Cetesb exigirá um relatório detalhado da Solenis sobre:

as providências a serem adotadas para impedir novas ocorrências de mesma natureza;

as medidas a serem adotadas para a limpeza da área atingida pelos resíduos gerados no combate ao incêndio e para a destinação destes resíduos.

Questionada se houve impacto ambiental e se a empresa será notificada de alguma forma, a Companhia Ambiental disse apenas que vai analisar os relatórios e, se for o caso, vai exigir ou proceder a levantamentos mais detalhados.