ReproduçãoA Globo alegava que o contrato original com a emissora da família Collor de Mello de encerrou no dia 31 de dezembro passado e optou por não renovar a parceria de 48 anos.
A decisão que cassou a liminar foi tomada no dia 18 de dezembro. Como o caso corria em segredo de Justiça, os advogados tomaram conhecimento da decisão na última terça-feira (2), quando houve um comunicado oficial do TJ ao juiz do caso.
No entanto, em sua decisão, o desembargador do TJ-AL, Paulo Zacarias da Silva, determinou que a liminar não tem “efeito imediato” por se tratar de uma “decisão delicada para tomar sozinho”.
"Entendendo pela necessidade de cassação da decisão agravada, pelas violações já expostas, vislumbrando o caráter irreversível de eventual concessão total do efeito suspensivo, opto por concedê-lo em parte, suspendendo a decisão agravada, porém mantendo a relação contratual até o julgamento de mérito do presente recurso, oportunidade em que o colegiado se debruçará conjuntamente sobre a questão", diz o desembargador.
O caso
No dia 4de outubro do ano passado, a Globo havia informado à TV Gazeta que não iria renovar a parceria por mais 48 anos, pois Collor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por ter usado a emissora em um esquema de corrupção. A TV Gazeta já está em recuperação judicial desde 2019.
Com isso, a TV Gazeta acionou a justiça pedindo uma liminar alegando abuso de boa-fé por parte da Globo por não querer estender o vínculo por mais 48 anos.
