01/01/2024 às 09h46min - Atualizada em 01/01/2024 às 09h50min

Justiça mantém prisão do miliciano Zinho em audiência de custódia

Zinho se entregou à Polícia Federal no último domingo (24) e disse que não sofreu violência na abordagem dos policiais. O suspeito foi mantido algemado por questões de segurança para os agentes envolvidos. A audiência foi realizada por videoconferência.

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução

A Justiça do Rio decidiu manter preso o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. A definição foi feita após audiência de custódia nesta terça-feira (26).

Durante a audiência de custódia, que foi realizada em videoconferência, por questões de segurança, Zinho foi mantido algemado. Ele está em Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. (leia mais abaixo)

O motivo alegado pelo juiz responsável foi uma questão de segurança, "tendo em vista as dimensões da sala de audiências e o reduzido efetivo de agentes responsáveis pela segurança dos participantes do ato". Zinho foi tratado como um criminoso de "altíssima periculosidade".

Quando questionado, Zinho relatou que não sofreu qualquer tipo de violência quando foi preso por agentes da Polícia Federal. Com isso, o juiz Diego Fernandes Silva Santos manteve a prisão dele

Isolado em cela

O criminoso está isolado em uma cela de cerca de 5 m² da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Zinho não terá direito a banho de sol, num primeiro momento, para não ter contato com outros presos, e suas refeições serão servidas na própria cela.

O espaço é composto por uma cama de alvenaria, inteiriça à parede, com um colchão. A mesma estrutura dá numa pequena cômoda onde são servidas as refeições.

O criminoso está na galeria reservada a milicianos dentro do presídio.

Bangu 1 é um presídio de segurança máxima no Complexo Penitenciário de Gericinó com diferentes galerias, separadas por facção criminosa, como a da milícia e a de chefes do tráfico de drogas.

Alguns dos criminosos que estão no Bangu 1 são:

My Thor
Menor P
Toni Ângelo
Charles do Lixão

Bastidores da prisão de Zinho

A defesa de Zinho procurou a Secretaria Estadual de Segurança Pública há pouco mais de uma semana para pedir um contato na Polícia Federal (PF) a fim de negociar a rendição do chefe da maior milícia do RJ e, até então, o criminoso mais procurado do estado.
O número de pessoas que sabiam dessas negociações não chegava a 10.

Após o criminosos se entregar, a PF o deixou na porta de entrada do sistema penal fluminense, em Benfica, ainda na noite de domingo. Em seguida, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) fez uma megaoperação para transferir Zinho ao Complexo Penitenciário de Gericinó.

A operação contou com um comboio formado por, pelo menos, 50 homens do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), do Serviço de Operações Especiais (SOE) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos da Seap.

O processo de fichamento e o traslado entre as duas prisões — em um trajeto de 35 km — durou pouco mais de uma hora. Agentes da PF deixaram Zinho em Benfica pouco antes das 23h. À meia-noite, o miliciano já estava em Bangu 1.


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