29/12/2023 às 11h50min - Atualizada em 29/12/2023 às 11h50min

Controladora do Pornhub faz acordo na Justiça e aceita pagar US$ 1,8 milhão em caso de tráfico sexual nos EUA

Segundo a justiça federal, os vídeos pornográficos foram publicados no site de conteúdo adulto sem a autorização das vítimas.

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução

A controladora canadense do site de pornografia Pornhub, Aylo Holdings, irá pagar US$ 1,8 milhão (R$ 9 milhões) à justiça americana e indenização às vítimas para evitar um processo por tráfico sexual, anunciou a procuradoria federal do Brooklyn, em Nova York (EUA).

Um supervisor independente será nomeado por um período de três anos para garantir que a Aylo respeite os termos acordados. A empresa terá que depositar o montante do acordo para o governo federal dos EUA.

Segundo a justiça federal, em 2009, a Aylo começou a hospedar e a divulgar vídeos de sexo no Pornhub produzidos pela empresa GirlsDoPorn (GDP), de propriedade de Michael Pratt e associados.

Essas pessoas foram acusadas em 2019, na Califórnia, de tráfico sexual e de terem enganado e forçado mulheres jovens a aparecer em vídeos pornográficos publicados na internet sem a autorização das mesmas.

A controladora do Pornhub e de outros sites de pornografia, como Brazzers e Youporn, também terá que indenizar "indivíduos vítimas de tráfico sexual", segundo o comunicado da justiça americana.

"Esse acordo responsabiliza a controladora do Pornhub por seu papel ao hospedar vídeos e aceitar pagamentos de atores criminosos que forçaram mulheres jovens a praticar atos sexuais em vídeos publicados sem o seu consentimento", disse o procurador federal do Brooklyn, Breon Peace.

Em seu site, a Aylo Holdings, fundada em Montreal em 2004, diz "oferecer entretenimento mundial para adultos" em suas plataformas, "que estão entre as mais seguras da internet".

O acordo judicial foi divulgado um dia depois de um anúncio da Comissão Europeia, que adicionou os sites Pornhub, Stripchat e XVideos à lista de grandes plataformas sujeitas a controle reforçado, no contexto da nova legislação sobre serviços digitais, principalmente para proteger os menores.


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