19/12/2023 às 21h01min - Atualizada em 21/12/2023 às 12h00min

Medicamentos genéricos representam 65% do mercado nacional: Veja dicas para verificar a procedência dos remédios que se tem em casa

Quando se trata da entrega de medicamentos em domicílio, a segurança e autenticidade dos produtos são essenciais para garantir a eficácia do tratamento. Saiba como se precaver!

Júlio Lopes
Freepik

Em um cenário onde a comodidade das entregas de medicamentos ganha destaque, compreender "Como verificar a procedência e a qualidade dos remédios entregues em casa" torna-se uma consideração de extrema importância. 

Neste contexto, a segurança e eficácia do tratamento médico estão intrinsecamente ligadas à garantia da origem e qualidade dos medicamentos recebidos pelos pacientes.

No universo da saúde, a prática de adquirir medicamentos por meio de entregas em domicílio é uma realidade cada vez mais presente. No entanto, a comodidade não pode comprometer a integridade dos tratamentos médicos. 

Portanto, explorar métodos eficazes para verificar a procedência e qualidade desses medicamentos é essencial para garantir a confiabilidade das terapias, resguardando a saúde e bem-estar dos pacientes.

Vamos explorar juntos as nuances desse tema, garantindo que cada paciente possa contar com informações sólidas para uma experiência de tratamento segura e eficaz.

Como diferenciar medicamentos originais de genéricos?

Medicamentos originais, genéricos e similares são todos aprovados pela Anvisa e têm a mesma qualidade e eficácia. No entanto, existem algumas diferenças entre eles que podem ser observadas na embalagem.

Medicamentos originais

Os medicamentos originais são aqueles que foram desenvolvidos pela empresa farmacêutica que detém a patente do medicamento. Eles são geralmente mais caros que os genéricos e similares, mas podem oferecer algumas vantagens, como maior biodisponibilidade, ou seja, maior quantidade do ingrediente ativo que é absorvido pelo organismo.

Na embalagem de um medicamento original, é possível identificar o seguinte:

  • O nome da empresa farmacêutica que desenvolveu o medicamento

  • O nome do princípio ativo

  • O nome fantasia do medicamento

  • O número do lote

  • A data de validade

  • O número de registro na Anvisa

 

Medicamentos genéricos

Segundo informações inéditas divulgadas pela Anvisa, os produtos mencionados atingiram um marco significativo de 2,9 bilhões de embalagens vendidas no último ano, equivalente a 65% do volume total de caixas de remédios comercializadas no país, que alcançou a marca de 4,4 bilhões.

 

Ao detalhar os números, observamos que mais de 1,5 bilhão de unidades de medicamentos genéricos foram vendidas, representando 34,6% do total, enquanto mais de 1,3 bilhão de embalagens de medicamentos similares foram comercializadas, perfazendo 30,6%.

Combinadamente, esses dois tipos de medicamentos corresponderam a 4.770 itens, o que representou 72,4% do catálogo total de produtos registrados pela indústria farmacêutica. Esses produtos também contribuíram significativamente para o faturamento do setor, totalizando um terço do montante global, alcançando a cifra de R$23,5 bilhões em vendas, equivalente a 33,9% do total do mercado farmacêutico.

Na embalagem de um medicamento genérico, é possível identificar o seguinte:

  • O nome do princípio ativo

  • A letra "G" na embalagem, indicando que o medicamento é genérico

  • O número do lote

  • A data de validade

  • O número de registro na Anvisa

Quais são os sinais indicativos que um paciente deve observar ao receber medicamentos em casa?

Quando se trata da entrega de medicamentos em domicílio, a segurança e autenticidade dos produtos são essenciais para garantir a eficácia do tratamento.

Ao receber medicamentos em casa, é crucial estar atento a uma série de sinais indicativos que podem assegurar a procedência e qualidade dos remédios.

Primeiramente, verifique a integridade da embalagem. Qualquer sinal de violação ou danos pode indicar problemas na autenticidade do medicamento. 

Além disso, examine cuidadosamente as datas de validade, garantindo que o produto ainda está dentro do prazo recomendado para consumo seguro.

Hologramas de segurança são uma ferramenta valiosa para verificar a autenticidade. Muitos medicamentos genuínos possuem hologramas específicos que são difíceis de reproduzir. 

Ao inclinar a embalagem, observe se há mudanças nas cores ou padrões holográficos, o que pode indicar autenticidade.

Outro aspecto importante é a presença de informações claras sobre o medicamento na embalagem, como nome do fabricante, número de lote e composição. 

Estes detalhes são cruciais para garantir que o medicamento seja exatamente o que foi prescrito pelo profissional de saúde.

Ao incorporar esses cuidados simples ao receber medicamentos em casa, os pacientes contribuem significativamente para a proteção de sua saúde e a eficácia do tratamento. 

Ficar atento a esses sinais de autenticidade é um passo importante na construção de uma experiência segura e confiável no universo da entrega de medicamentos em domicílio.

Vale ressaltar que os serviços de entrega em domicílio que comercializam medicamentos têm responsabilidades legais em garantir a qualidade e autenticidade dos medicamentos entregues. 

Essas responsabilidades são estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é o órgão responsável pela regulamentação e fiscalização de medicamentos no Brasil.

De acordo com a Anvisa, os serviços de entrega em domicílio devem cumprir as seguintes obrigações para garantir a qualidade e autenticidade dos medicamentos entregues:

  • Somente comercializar medicamentos de fornecedores autorizados pela Anvisa.

  • Verificar a autenticidade dos medicamentos antes da entrega.

  • Armazenar os medicamentos em condições adequadas, de acordo com as especificações do fabricante.

  • Fornecer informações claras e precisas aos pacientes sobre os medicamentos entregues.

Os serviços de entrega em domicílio que não cumprirem essas obrigações estão sujeitos a sanções administrativas, que podem incluir multas, suspensão ou cancelamento do registro.

Os riscos do consumo de medicamentos falsificados

O consumo de medicamentos falsificados ou de procedência duvidosa pode representar um sério risco à saúde. Esses medicamentos podem conter ingredientes inativos ou ativos incorretos, o que pode causar uma série de problemas, incluindo:

Efeitos colaterais graves

O consumo de medicamentos falsificados pode causar efeitos colaterais graves, como intoxicação, alergias, reações adversas e até mesmo a morte.

Ineficácia do tratamento

Os medicamentos falsificados podem não ser eficazes no tratamento da doença, o que pode levar à piora do quadro clínico.

Resistência a medicamentos

O consumo de medicamentos falsificados pode contribuir para o desenvolvimento de resistência a medicamentos, o que torna mais difícil o tratamento de doenças no futuro.

Os medicamentos falsificados podem ser encontrados em diferentes canais de distribuição, incluindo farmácias, sites de vendas online e serviços de entrega em domicílio. 

É importante estar atento aos sinais indicativos de falsificação, como erros de impressão, embalagens danificadas ou informações inconsistentes.

Ao receber medicamentos em casa, o paciente deve verificar as seguintes informações na embalagem:

  • Nome do medicamento: o nome do medicamento deve estar correto e legível.

  • Número do lote: o número do lote é uma identificação única do medicamento.

  • Data de validade: a data de validade indica até quando o medicamento é seguro para uso.

  • Fabricante: o fabricante do medicamento deve ser uma empresa registrada na Anvisa.

  • Número de registro na Anvisa: o número de registro na Anvisa é uma identificação do medicamento que foi aprovado pela agência.

Mecanismos de denúncia de medicamentos falsificados

Em um contexto em que a entrega de medicamentos em domicílio se torna cada vez mais comum, é crucial que os pacientes tenham à disposição mecanismos eficientes para relatar qualquer suspeita relacionada à qualidade ou procedência dos medicamentos. 

Diversos recursos estão disponíveis para aqueles que desconfiam da autenticidade ou segurança de seus tratamentos.

Uma opção amplamente utilizada é o contato direto com a farmácia delivery responsável pela entrega. As farmácias geralmente possuem canais de comunicação específicos, como linhas telefônicas ou formulários online, que permitem aos pacientes relatar suas preocupações de maneira rápida e direta.

Pacientes que suspeitam da qualidade ou procedência de medicamentos entregues em domicílio podem denunciar ou relatar o caso aos seguintes órgãos:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

A Anvisa é o órgão responsável pela regulamentação e fiscalização de medicamentos no Brasil. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados à Anvisa por meio do site da Anvisa ou do número 0800 642 9782.

Ministério da Saúde (MS)

O MS também é responsável pela fiscalização de medicamentos no Brasil. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados ao MS por meio do site do MS ou do número 136.

Polícia Federal (PF)

A PF é responsável pela investigação de crimes contra a saúde pública, incluindo a falsificação de medicamentos. O paciente pode denunciar medicamentos falsificados à PF por meio do site da PF ou do número 190.

Além desses órgãos, o paciente também pode denunciar medicamentos falsificados ao próprio serviço de entrega em domicílio que o forneceu.

Ao promover a conscientização sobre esses mecanismos de denúncia, os pacientes se tornam agentes ativos na garantia da segurança e qualidade dos medicamentos que recebem em casa.

A participação ativa e informada dos pacientes contribui para um sistema de entrega de medicamentos mais transparente e responsável, promovendo a confiança e segurança no universo da saúde domiciliar.


 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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