Em novembro foram apreendidas 9 mil garrafas de azeite de oliva falsificadas, no litoral do Paraná. Esses azeites estavam sendo comercializados para o consumidor por R$ 29,99 a unidade, totalizando um valor de quase 300 mil reais em produtos retirados do mercado, tudo isso em uma única rede supermercadista, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. Essa fraude foi descoberta graças a técnica de espectroscopia por Ressonância Magnética.
O exame de ressonância magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem, que usa campos magnéticos e de radiofrequência para criar imagens nítidas do interior do corpo humano. Além de ser usada para o diagnóstico, a RM pode ser associada a espectroscopia, uma técnica usada para avaliar a composição química de diversas substâncias.
Enquanto a RM fornece imagens anatômicas, a espectroscopia por ressonância magnética (ERM) analisa os sinais de ressonância emitidos pelas moléculas, revelando informações sobre a composição química desse material. Como a ERM possui essa tecnologia, pode ser utilizada para analisar a autenticação de materiais, contribuindo para detectar falsificações de maneira precisa. Esse método pode ser usado em vários setores, como na indústria farmacêutica, para verificar a autenticidade de medicamentos; ou ainda na indústria alimentícia, para revelar a presença de ingredientes específicos e suas proporções, diferenciando entre produtos genuínos e falsificados.
Após uma minuciosa análise dos azeites de oliva por meio da Espectroscopia por Ressonância Magnética (ERM), constatou-se que, na realidade, a composição do produto era óleo de soja. Essa descoberta revela uma prática prejudicial e enganosa, comprometendo a qualidade do azeite e, mais significativamente, induzindo os consumidores a erro.
Essa aplicação da ERM destaca sua importância não apenas na identificação de substâncias específicas, mas também na defesa da integridade e transparência dos produtos oferecidos no mercado. É lamentável observar como a falsificação pode impactar a confiança dos consumidores e reforça a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger a autenticidade dos alimentos e a transparência dos produtos oferecidos no mercado.
*Evelyn Rosa de Oliveira é Tecnóloga em Radiologia, Mestre em Engenharia Biomédica e Tutora do Curso de Tecnologia em Radiologia na UNINTER
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