“Observamos um cenário propício ao aumento das vendas neste fim de ano, graças às condições favoráveis de consumo", afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. "A ampliação do potencial de consumo, aliada ao início do processo de flexibilização da política monetária e à redução da taxa básica de juros, tem impulsionado os gastos dos consumidores”, completa.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua revela que a massa real de rendimentos cresceu 5% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Para Tadros, a união desses fatores traz um horizonte positivo ao varejo: outra pesquisa da CNC, divulgada neste mês, aponta que os consumidores devem priorizar a ida às compras na hora de destinar a segunda parcela do 13º.
Televisões, computadores e celulares mais baratos
Conforme o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, este Natal apresenta uma peculiaridade, apesar de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) indicar uma leve tendência de encarecimento dos produtos natalinos, com um avanço médio de 0,3% nos 12 meses encerrados em dezembro. “O contexto é bem mais promissor, já que, no ano passado, puxado pela forte alta dos preços de itens de vestuário, o reajuste médio da cesta de produtos natalinos ultrapassou os 13%”, aponta Bentes.
Presentes mais caros, como televisões e computadores, estão 9,4% mais baratos, e o preço dos celulares caiu 5,9%. Por outro lado, as maiores altas serão nos calçados infantis (10,1%), livros (9,9%) e perfumes (8,5%). O preço dos alimentos teve ligeira redução de 0,7%.
Maior importação desde 2014
A taxa de câmbio, historicamente um componente relevante nos custos do varejo, apresenta tendência de declínio nos últimos meses, o que impactou as importações. Em novembro do ano passado, a taxa média de câmbio ao cabo de novembro acusou (R$ 4,94) retração de 6,8% em relação a novembro de 2022 (R$ 5,29).