Filho de Biden acusado de fraude fiscal nega que pai tenha envolvimento

Após incertezas sobre a viabilidade de sua presença, Hunter Biden, filho do presidente americano, compareceu à audiência do Congresso, em Washington, para a qual havia sido convocado nesta quarta-feira (13). No entanto, recusou-se a fornecer declarações a portas fechadas, conforme exigido pelos legisladores para a reunião.

Em uma coletiva de imprensa do lado de fora do Capitólio, sede do legislativo dos Estados Unidos, Hunter, 53 anos, refutou a alegação de que seu pai, Joe Biden, estivesse financeiramente envolvido em seus negócios. "Não há evidências que sustentem essas alegações."

Ele argumentou que prestar depoimento em particular poderia permitir que políticos republicanos "vazassem, de forma seletiva," seus comentários e tentassem distorcer suas afirmações. Hunter afirmou que propôs mais de uma vez que a audiência fosse pública.

Por sua vez, congressistas republicanos ameaçaram processá-lo por desacato ao Congresso se não cumprisse as ordens e alegaram que uma audiência pública não seria suficiente.

"Estou aqui hoje para garantir que as investigações ilegítimas da Câmara sobre minha família não prossigam com base em provas manipuladas e mentiras", declarou ele. "Estou aqui hoje para reconhecer que cometi erros em minha vida e desperdicei oportunidades."

Hunter tornou-se um complicador na campanha de reeleição de seu pai após enfrentar uma série de acusações criminais na Califórnia há poucos dias, sendo acusado de fraude fiscal. Investigações indicam que ele deixou de pagar US$ 1,4 milhão (R$ 6,8 milhões) em impostos enquanto mantinha um estilo de vida luxuoso.

Em setembro passado, ele já se tornara réu após uma investigação revelar que não informou problemas com drogas, como exigido por lei, ao comprar um revólver em 2018. Agora, há a possibilidade de enfrentar julgamentos em dois casos distintos.

Diante desse cenário, republicanos na Câmara buscam aprovar uma investigação sobre o presidente. Alegam que Biden e sua família lucraram indevidamente com decisões que o democrata tomou durante seu período como vice-presidente, entre 2009 e 2017.

A Casa Branca nega qualquer irregularidade de Biden e afirma que a investigação possui motivações políticas para prejudicar sua busca pela reeleição em 2024.