Um dos alvos da Operação Sequaz, que prendeu suspeitos de planejar sequestrar e matar agentes públicos, esteve na região dos endereços da família do senador Sérgio Moro (União Brasil), em Curitiba (PR), entre o fim de novembro e início de dezembro de 2022. O homem foi preso em Sumaré (SP), na região de Campinas, onde outros três suspeitos foram localizados - dentre elas uma mulher que ficou com um carro usado para monitorar o ex-juiz.
Segundo a Polícia Federal (PF), Claudinei Gomes Carias esteve na capital paranaense no período eleitoral do ano passado. Ele chegou a usar documentos falsos para alugar um apartamento e uma casa em Curitiba, indica a PF.
Os detalhes da investigação da PF foram divulgados após decisão da juíza da 9ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, de retirar o sigilo da decisão que autorizou a operação.
"Importante destacar a ampla análise realizada na conta Apple que Claudinei utiliza, pois foram identificadas diversas ligações vinculadas à busca por locais que seriam e/ou serão utilizados no caso da ação principal contra o Senador Sergio Moro", aponta o delegado Martin Purper, no relatório.
Os presos na operação são suspeitos de integrar o PCC, facção criminosa que age inclusive dentro dos presídios e fora do país.
Os alvos fizeram o reconhecimento do local em que Moro votaria nas eleições de 2022, em Curitiba. Um dos suspeitos ainda detalhou os acessos existentes ao local, a presença de seguranças, além da indicação de um ponto não visível pelas câmeras de segurança do local.