08/12/2023 às 08h33min - Atualizada em 08/12/2023 às 08h35min

Bard turbinado, privatização da Sabesp avança e o que importa no mercado

O Google lançou nesta quarta uma nova versão do "motor" que abastece sua IA (inteligência artificial).

AB NOTICIA NEWS
FOLHAPRESS
Reprodução
O Google lançou nesta quarta uma nova versão do "motor" que abastece sua IA (inteligência artificial). O Gemini já está integrado ao Bard, o chatbot da big tech, em 170 países –o Brasil está entre eles–, mas por enquanto só funciona na versão em inglês.

O que terá de novo: o Gemini foi treinado para ler, escrever, ouvir, falar e enxergar de forma simultânea. Essas funcionalidades devem ser inseridas ao Bard no futuro e poderão ser usadas na versão gratuita do chatbot, segundo a big tech.

A principal concorrente do Google nessa área, a OpenAI, também oferece a possibilidade de interagir com o robô via áudio, texto e imagem, mas apenas na versão de assinatura do ChatGPT, que custa US$ 20 (cerca de R$ 99) ao mês.
Bard x ChatGPT: segundo o Google, seu chatbot abastecido com o Gemini supera a versão gratuita do robô da OpenAI em desafios de raciocínio, linguagem, matemática, programação e conhecimentos em geral.

- O modelo pago do ChatGPT usa o GPT-4, um motor superior ao da versão gratuita, o GPT-3.5;

- O Bard não consegue recuperar interações anteriores dos usuários com o robô, algo que existe no ChatGPT e o ajuda a entender contextos.
Três versões do Gemini serão liberadas pelo Google:
↳ Ultra: é o maior modelo e deve chegar aos primeiros usuários no início de 2024 no Bard Advanced, um novo serviço que será lançado pela big tech, que não esclareceu se será pago ou não.
↳ Nano: menor e com foco em smartphones, chegou ontem aos donos de celulares Pixel Pro 8 —smartphone não vendido no Brasil. O Google diz que outras fabricantes de celular Android também poderão usar a tecnologia.
↳ Pro: é o que fica no meio do caminho entre as versões. É essa a que está disponível para o Bard em inglês desde ontem.
**GOOGLE ADS É USADO PARA PROMOVER GOLPES**
Para aplicar golpes na internet, criminosos têm invadido contas do Google e as têm usado para comprar anúncios no buscador.
O objetivo é promover sites falsos que prometem produtos a preços baixos, mas que na verdade nunca são entregues, mostra o repórter Pedro S. Teixeira.

COMO ACONTECE
Os golpistas entram em uma conta verdadeira do Google Ads, se adicionam como administradores do perfil e removem o proprietário original.
Eles então usam essa conta para promover os sites que oferecem promoções falsas.
Em um caso a que a Folha teve acesso, os criminosos gastaram R$ 72 mil para impulsionar a página estoquedobrasil.com, denunciado por ofertas fraudulentas durante a Black Friday.
O empresário dono da conta original do Google Ads diz ter entrado em contato com a big tech assim que percebeu a invasão a seu perfil, mas a empresa deixou as publicidades no ar por 13 dias após ser notificada.

O QUE DIZ O GOOGLE
Que age imediatamente quando identifica comportamentos suspeitos. "A segurança dos usuários de nossas plataformas é nossa prioridade e tomamos diversas medidas para preservá-la."
Em relatório anual, a empresa afirmou ter removido 5,2 bilhões de propagandas abusivas e restringido 4,2 bilhões de anúncios em 2022. Nesse processo, 6,7 milhões de contas foram suspensas.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou nesta quarta a privatização da Sabesp. O placar, de 62 votos a favor, foi considerado uma vitória ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que esperava cerca de 50 votos –eram necessários 48 para aprovação.
Houve apenas 1 voto não, já que a oposição não participou da votação e deixou o plenário em protesto após confronto entre manifestantes e a Polícia Militar ..

COMO SERÁ A PRIVATIZAÇÃO
O governo vai fazer uma oferta subsequente de ações (follow-on) em que o Estado terá sua participação diluída dos atuais 50,3% para "algo entre 15% e 30%".
A fatia que ficará com o Estado ainda será definida, assim como o potencial de arrecadação com a privatização;
O governo buscará alguns acionistas de referência –que terão maior participação na companhia – e terá uma "golden share", ação preferencial que dá poder de veto em decisões específicas.

As promessas de quem apoia a privatização:
 Redução na tarifa via dois instrumentos: aporte na companhia dos recursos gerados na venda das ações e uso de dividendos da empresa para manter o preço baixo;
Antecipação da universalização do acesso a água e esgoto de 2033 para 2029 e R$ 10 bilhões a mais no plano de investimento da Sabesp, que hoje prevê R$ 56 bilhões até 2033.
As críticas de quem é contra:
 Um estudo que embasou a privatização não conclui que a privatização vai baixar a tarifa. O documento, na verdade, sinalizaria a possibilidade de o governo subsidiar o barateamento.
Os opositores à privatização dizem que a Sabesp já previa reduzir o prazo de universalização do acesso a água e esgoto de 2033 para 2030.

E agora? Terminado o processo na assembleia, o governador tem de sancionar o projeto.
A gestão estadual então vai se reunir com os 375 municípios atendidos pela Sabesp e com conselhos que irão representar cada região. Eles serão responsáveis por aprovar o regimento interno e a prorrogação de todos contratos da Sabesp até 2060.
O processo de privatização em si (a venda de ações) só começa após essa etapa. A previsão é de que se inicie em meados de 2024, num cronograma que pode se estender por mais seis meses.

Do total de brasileiros entre 15 a 29 anos, 22,3% (10,9 milhões) não trabalhavam nem estudavam em 2022, de acordo com o IBGE.
O menor número da série histórica pode ser explicado pela retomada do mercado de trabalho, que faz o percentual de jovens ocupados crescer.
SIM, MAS...
A desigualdade é expressiva entre os "nem-nem". A falta de estudo e trabalho afeta sobretudo as mulheres pretas ou pardas de 15 a 29 anos, que representavam 43,3% do total de jovens nessa condição.
Outros dados divulgados nesta quarta pelo instituto apontam que a desigualdade da renda do trabalho vem caindo pouco ao longo dos anos e que a pobreza recuou consideravelmente no ano passado.
Números do IBGE que mostram

A desigualdade na renda do trabalho: os brancos receberam em média R$ 20 por hora de trabalho no Brasil em 2022, quantia 61,4% maior do que a de pretos ou pardos (R$ 12,4).
- A maior diferença ocorre entre aqueles com ensino superior completo: a renda por hora dos brancos (R$ 35,3) superou em 37,6% a dos pretos ou pardos (R$ 25,7).
A queda na pobreza: a taxa recuou do patamar recorde de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. A baixa foi graças à retomada do mercado de trabalho e à ampliação do Auxílio Brasil.


 


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