07/12/2023 às 08h55min - Atualizada em 07/12/2023 às 09h00min

Lula não apoiará qualquer aventura, e Maduro sabe, dizem auxiliares

Planalto ainda não vê espaço para ação bélica, mas vê risco de perda de controle pelo venezuelano

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução

O time que toca a política internacional do governo Lula avalia com cuidado os passos dados pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro, que agora, às vésperas de uma eleição que pode sacá-lo do poder, empunha a bandeira de anexação de parte do território da Guiana.

 

"O governo Lula não vai apoiar nenhuma aventura, disso você pode ter certeza. Mais: o Maduro sabe disso", disse fonte da chancelaria ao blog e ao Conexão.

 

Ainda segundo integrante do grupo que assessora Lula, o autocrata venezuelano foi alertado por emissários do petista sobre o risco de perder o controle da situação.

Para fontes diplomáticas, Maduro aposta na tese da anexação de parte da Guiana, fartamente presente nos livros de história da Venezuela, para despertar sentimento nacionalista às portas da eleição, de maneira a angariar apoio e mobilização popular.

Essa combinação, porém, pode ter resultados catastróficos. Retórica bélica associada a nacionalismo, teria alertado Celso Amorim a Maduro, é uma soma que pode mergulhar o país e o próprio futuro do governo venezuelano em profunda incerteza, ficando à mercê de qualquer fatalidade externa ou mesmo em regiões de fronteiras.

Segundo esses aliados, Lula não pensará duas vezes em subir o tom contra uma eventual ofensiva de Maduro, se ele avançar o sinal para além da retórica.

Como mostrou o blog ontem, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, confirmou que recebeu ordem do presidente para blindar as fronteiras. Ele também finalizou processo que já estava em andamento de elevar ao status de batalhão um grupamento em Roraima, dobrando o efetivo militar na região de fronteira.


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