Moradores de Boa Vista formaram uma fila quilométrica na noite desse sábado (24) para poder comer a "maior paçoca do mundo", iguaria à base de carne seca e farinha amarela, que virou símbolo do arraial Boa Vista Junina. O prato tradicional da culinária roraimense bateu mais um recorde e chegou a 1.264 kg.
Antes de ser distribuído gratuitamente para a população, o alimento foi pesado. A pesagem oficial começou as 19h36, em um espaço onde há uma casa de farinha, ambientes comuns em áreas indígenas e rurais de Roraima.
A paçoca começou a ser distribuída por volta das 19h45 e acabou às 22h34. Haviam onze filas para receber o alimento, mas a medida em que cresciam, elas se fundiam em uma só. A multidão de pessoas na fileira chegou a atingir um dos portões do evento. O público presente na festa chegou a 120 mil pessoas, segundo a prefeitura.
A nova marca superou em 133 kg o próprio recorde, registrado em 2022. Na edição anterior, foram produzidos 1.131 kg da iguaria indígena.
A iguaria, diferente da paçoca doce de amendoim, é feita à base de carne seca e farinha amarela. Ela é produzida através da pilagem da farinha e da carne, que posteriormente são refogadas com cebola e óleo de cozinha.
Até chegar ao sabor já conhecido pelos roraimeneses e que desperta curiosidade de quem não é do Norte, a carne usada é desossada e levada ao sol, para o processo de secagem.
Para quebrar o recorde do ano passado, na receita deste ano foram utilizados 800 kg de carne bovina, 500 kg de farinha de mandioca, 88 kg de cebola e 30 litros de óleo.