O escritor radicado nos EUA vai ser uma das estrelas da série "A Última Cruzada" da produtora Brasil Paralelo que promete fazer um "resgate histórico" do Brasil e será exibida pela TV Escola, do Ministério da Educação.
Em postagens nas redes sociais, Olavo disse que assistiu alguns vídeos sobre a "planicidade das superfícies aquáticas" e não conseguiu encontrar "até agora nada que os refute".
Diante da reação favorável da plateia, Lula partiu para a galhofa. "Engraçado que é uma contradição. O mesmo tempo que o Bolsonaro tem o seu orientador intelectual que diz que a terra é plana ele tem o único astronauta brasileiro (Marcos Pontes) no governo e que poderia desmentir", provocou o petista.
O ex-presidente participou do lançamento do livro Lawfare: uma introdução escrito pelos advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins e Rafael Valim. Os dois primeiros são responsáveis pela defesa do ex-presidente nos processos relativos à Lava Jato.
No evento, que também teve a participação do ex-primeiro-ministro de Portugal José Sócrates, os autores tentaram chamar atenção para o fenômeno do "lawfare" (guerra de leis, em inglês), que Zanin conceituou como o "uso estratégico do direito objetivando fins políticos, geopolíticos, militares e comerciais", e que segundo o advogado é a base da atuação da Lava Jato contra o ex-presidente.
Lula disse que falaria pouco por causa de limitações da voz (ele teve câncer na laringe em 2011), mas fez um discurso de 36 minutos. Na maior parte do tempo o ex-presidente acusou a imprensa e setores do Judiciário de terem feito um complô para tirar o PT do governo e impedir que ele fosse candidato em 2018. Sobraram ataques ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, e à Lava Jato.
No final, o ex-presidente se voltou contra o governo Bolsonaro. "Nós agora vivemos um fascismo neste País. Impressionante", disse Lula. "Estou com muita vontade de derrotar o fascismo neste País".
Além de ironizar Olavo de Carvalho, o ex-presidente criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por "entregar o patrimônio brasileiro" e o presidente da Funarte, Roberto Alvim, por ter ofendido a atriz Fernanda Montenegro. O discurso seguiu a estratégia anunciada por Lula logo depois de deixar a prisão de forçar a polarização com Bolsonaro.