Quanto você pagaria para alguém ouvir o que você tem a dizer? Quanto pagaria por um abraço, ou para tocar o braço de alguém? Menos do que isso: Quanto você investiria em um travesseiro que imita o formato do braço de um homem?
Esses são alguns dos produtos que a indústria da solidão tem vendido no mundo inteiro.
Nos Estados Unidos (EUA), por exemplo, um site oferece o serviço de “acompanhante de caminhada”. O cliente investe até U$ 21 (cerca de R$ 85) para que alguém ande ao lado dele.
Já um aplicativo japonês cobra mais caro de quem quer companhia para ir a eventos sociais, como um funeral ou um jantar familiar após um divórcio.
Em diversos países do mundo existe o site “Amigo de Aluguel”. Com ele, clientes pagam até U$ 50 (aproximadamente R$ 200) para alugar um amigo por algumas horas.
Já o travesseiro que imita o corpo de um homem musculoso (braço e tronco) está à venda também no Brasil. A propaganda diz que o cliente não vai se sentir sozinho durante as noites. Será verdade?
Todos esses produtos exploram uma epidemia mundial: a solidão. O Sistema de Saúde dos EUA chegou à conclusão que a solidão é mais prejudicial do que a obesidade. Se sentir sozinho equivale a fumar 15 cigarros por dia. Mais do que isso: 46% da população do país se sente solitária.
Deve ser por isso que lá existe um site que cobra para o cliente poder tocar uma pessoa. Sem nenhum cunho sexual. Apenas encostar a mão no braço ou nos cabelos do “produto humano”.
Durante o programa “The Love School – A Escola do Amor”, o Bispo Carlos Cucato declarou que, “se existe um produto assim, é porque tem gente que compra”. De acordo com ele, esse comércio “mostra como a sociedade, como as pessoas estão carentes. Porque chegar ao ponto de ter que pagar para alguém me dar um abraço por causa da solidão que estou sentindo, mostra o nível de solidão e carência em que as pessoas se encontram”.
E, para ele, é preocupante que a sociedade veja esse tipo de produto com naturalidade. Isso porque, enquanto as pessoas não entenderem o quão grave é existir clientes para esse tipo de produto, não se esforçarão para preencher o vazio que carregam em si.
A apresentadora Cintia Cucato afirma que “pagar para ter um carinho, um aconchego é até triste. Porque, realmente, a sociedade está se distanciando a ponto de a pessoa não encontrar isso nem na família”.
Para ela, “é aí que a gente vê que o mercado da carência está rendendo muito bem”.
Assista à íntegra do quadro 3×4, em que o casal abordou o tema, no vídeo abaixo: