Na manhã desta quarta-feira (29), aconteceu uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para debater a construção de três grandes prédios na Rua Barro Vermelho, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Os impactos ambientais na Praia do Buracão também foram pauta da reunião.
Durante o evento, o BNews entrevistou Luiz Antonio Souza, membro da Associação de Moradores do Rio Vermelho, e professor de desenho urbano, além do presidente da associação, Miguel Sehbe. Antônio foi questionado sobre o objetivo da audiência nesta quarta (29).
"Fundamentalmente mobilizar os deputados estaduais para a gravidade da questão da construção dos espigões nas praias de Salvador e também a geração de sombreamento na praia, vez que sol, mar e praia são coisas insociáveis. Então na medida que eu crio sombreamento, eu estou prejudicando uma possibilidade inclusive de recriação e melhoria das condições de saúde da população", afirmou Antônio Souza.
O presidente da Associação de Moradores do Rio Vermelho, Miguel Sehbe, falou sobre sua expectativa diante da audiência pública e não está nada feliz com a possibilidade de se construir prédios no local.
"A expectativa é terrível, a gente está tentando barrar a iniciativa, tá? Porque botar 18 pavimentos ali numa praia, numa rua que é um beco, que começa ali no posto de gasolina e acaba no muro do quartel, primeiro já é uma aberração pela logística da coisa. Não existe possibilidade nenhuma. Segundo, o sombreamento da praia é absurdo. Não existe isso em qualquer lugar do mundo. Isso não existe", disse o presidente.