ReprioduçãoA juíza Kismara Brustolin, substituta na Vara de Trabalho de Xanxerê, em Santa Catarina, foi filmada gritando com uma testemunha durante uma audiência trabalhista online, que aconteceu no último dia 13. Nas imagens, a magistrada repreendeu o homem, aos gritos, exigindo que fosse chamada de "excelência".
No trecho divulgado, a juíza interrompe a fala da testemunha e pede para que se dirija a ela com a seguinte frase: "O que a senhora deseja, excelência?". Assustada, a testemunha fica em silêncio por alguns segundos e diz não estar entendendo. A juíza então persiste dizendo “repete, repete”, aos gritos. Por fim, ela decide desconsiderar o depoimento da testemunha que havia sido levada pela empresa envolvida no processo.
“Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos eu aceito e depois o senhor pode recorrer, fica no seu direito”, justifica a magistrada ao advogado, que acompanhava a cena em silêncio. “Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação.”
Com a repercussão do caso, a OAB-SC procurou o presidente do Tribunal Regional do Trabalho em Santa Catarina (TRT-12), José Ernesto Manzi, nesta terça-feira (28), que suspendeu a juíza Kismara Brustolni de novas audiências trabalhistas.
“O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região tem como missão realizar Justiça no âmbito das relações de trabalho, contribuindo para a paz social e o fortalecimento da cidadania. A situação observada na audiência ocorrida no dia 14 de novembro na Vara do Trabalho de Xanxerê é um fato isolado e será devidamente apurado pelo TRT-SC, por meio da sua Corregedoria", diz a nota.
