Nos Estados Unidos, a demissão de uma estrela do setor de tecnologia aprofundou o debate sobre os limites éticos do desenvolvimento da inteligência artificial.
Sam Altman é o cérebro humano por trás da ferramenta de inteligência artificial mais famosa e uma das mais avançadas do mundo, o ChatGPT. Lançada pela empresa OpenAI há menos de um ano, ela provocou uma revolução.
O software é treinado pra “conversar” com seres humanos, entende demandas em linguagem simples para gerar conteúdos com base em todas as informações disponíveis na internet. O uso é tão variado que vai de trabalhos de escola a campanhas políticas, e também para trazer para o mundo real imagens que só existiam na imaginação. E esses são apenas os primeiros passos da inteligência artificial, que ainda pode mudar radicalmente o jeito como vivemos hoje.
Na última sexta-feira (17), quatro dos seis integrantes do conselho administrativo da OpenAI, empresa avaliada em mais de R$ 440 bilhões, decidiram demitir Sam Altman. Em um comunicado, eles afirmaram que Altman não tinha sido transparente nas comunicações e que, por isso, o conselho não tinha mais confiança na sua capacidade de liderar a empresa.
Nos bastidores, a principal disputa era sobre o ritmo que as novidades da inteligência artificial deveriam chegar às mãos dos usuários. Sam Altman queria acelerar o lançamento de novos produtos, enquanto o conselho preferia priorizar a segurança no desenvolvimento e aplicação de uma ferramenta tão poderosa.