19/11/2023 às 08h52min - Atualizada em 19/11/2023 às 08h55min

Você é juíza?

Não julgueis. Entenda os riscos de fazer suposições e julgamentos sobre a vida alheia

AB NOTICIA NEWS
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Reprodução

Todos os dias somos tentadas a julgar situações e pessoas que estão ao nosso redor. É muito fácil, por exemplo, avaliar e condenar o comportamento de um familiar ou de alguém na igreja, na rua ou no trabalho. Em algumas pessoas, muitas vezes sem que percebam, essa postura se torna um hábito. No entanto é preciso ter em mente que o julgamento não deve ser levado adiante, afinal, Deus é o Único que pode julgar com sabedoria.

Mas, na prática, não é tão fácil cumprir esse ensinamento. O desejo de julgar pode surgir de forma sutil, como em pensamento, quando encontramos alguém que parece que faz algo que não é adequado aos nossos olhos ou se presenciamos uma situação com a qual não concordamos.

Contudo, ao julgar o outro, esquecemos que nós também cometemos erros, em muitos casos semelhantes aos que estamos julgando, e, assim, agimos com hipocrisia. Além disso, ignoramos o ensinamento do Senhor Jesus descrito em Mateus 7.2: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos tornarão a medir”.

O Senhor Jesus fez a advertência acima ao ver a hipocrisia dos escribas e dos fariseus que, mesmo cheios de falhas, condenavam as pessoas. É muito fácil apontar os erros e defeitos dos outros, mas o difícil é olhar para si mesmo e reconhecer as próprias falhas. Assim, muitos seguem julgando um pequeno erro na conduta do semelhante, quando, na maioria das vezes, há um erro muito maior em sua própria vida. Não existe hipocrisia maior do que exigir do outro aquilo que não vivemos, especialmente no que se relaciona à fé.

Esse tema foi discutido por Cristiane Cardoso em um dos episódios da Meditação da Palavra disponíveis no Univer Vídeo. “Quantas vezes nós julgamos as pessoas e depois descobrimos o que aconteceu e ficamos sem graça porque fomos injustas”, disse Cristiane. A meditação foi baseada na passagem bíblica de Romanos 14.1-3: “Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu”.

Cristiane explicou que a Fé é certeza, convicção. Assim, quem tem fé tem segurança, mas os enfermos na fé vivem na dúvida, são religiosos cheios de questionamentos e normalmente os levam para outras pessoas. “Jesus não discutia com os fariseus, mas falava a verdade para eles.

Eles não estavam interessados nas pregações, mas em fazer perguntas e Jesus respondia com a verdade.Eles, por sua vez, entravam em contendas, mas Jesus, não. Quem é de Deus não entra em contendas, não discute e não briga. Quando você vê uma pessoa que se diz cristã que gosta de ‘causar’, discutir e impor a sua fé, saiba que ela não tem o Espírito Santo, porque não foi assim que aprendemos com a Palavra de Deus.

Quem conhece a Palavra de Deus sabe que o Evangelho não pode se tornar um motivo para o orgulho. Você não pode ser orgulhosa por conta do conhecimento que possui”, afirmou.

Do mesmo modo, é errado julgar os outros sem olhar para si mesmo. “Uma coisa é você ser pecador e outra é você ficar pregando aquilo que você faz. Você mente, engana, faz um monte de coisas erradas, mas condena todo mundo que faz aquilo. Você está consciente, você sabe que você é aquilo que está condenando. Quem é você para condenar? Não há sinceridade. Deus condena esse tipo de gente que usa a religião para encobrir seus pecados”, disse Cristiane.

Por isso, querida leitora, mantenha-se firme na sua Fé, e, antes de fazer julgamentos ou apontar o dedo para alguém, lembre-se que existem outros apontados em sua direção. E, quando sentir o desejo de julgar o próximo, lembre da lição deixada por Jesus em Lucas 6.41-42: “E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão”.


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