Na manhã desta quinta, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a equipe econômica irá manter o objetivo trazer o déficit primário para patamar próximo de zero em 2024.
Já o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), disse que seu relatório trará meta de déficit primário zero em 2024 e que o governo mantém este objetivo para o ano que vem.
Apesar das sinalizações sobre a manutenção da meta, o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares, disse em comentário enviado a clientes que o governo "tem pouca disposição para controlar as despesas, mas dificilmente escapará de fazer algum grau de contingenciamento, sob risco de desmoralizar completamente o arcabouço que ele mesmo promoveu".
O dólar, que operou em queda pela manhã, virou para leve alta acompanhando a cotação internacional da moeda e fechou com ganhos de 0,16%, a R$ 4,8697.
"De manhã, o dólar caiu bem, mas importadores apareceram comprando", disse Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
EUA
Em Wall Street, o viés foi misto. O Dow Jones caiu 0,13%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,12% e 0,07%, respectivamente.
Na véspera, foi divulgado que as vendas no varejo nos EUA caíram 0,1% em outubro, ante alta de 0,9% em setembro, e que o PPI (índice de preços ao produtor para a demanda final, na sigla em inglês) caiu 0,5% em outubro, a maior queda desde abril de 2020.
Nesta quinta, o governo americano informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 13 mil na semana encerrada em 11 de novembro, para 231 mil em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 220 mil pedidos para a última semana.
Um mercado de trabalho menos pujante pode aliviar a alta de preços e abrir espaço para o Fed (banco central americano) cortar juros mais cedo do que se imaginava.