16/11/2023 às 09h00min - Atualizada em 16/11/2023 às 09h00min

Como preparar uma empresa para a convivência intergeracional

O problema é que a maioria não tem planos ou disposição para fazer o que é necessário para dar início às mudanças

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução
Artigo publicado mês passado na “Harvard Business Review” afirma que a mudança no perfil demográfico da população torna inevitável que as empresas abram espaço para o convívio intergeracional – atualmente temos pelo menos três gerações lado a lado nas companhias. De acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (US Bureau of Labor Statistics), um em cada quatro trabalhadores terá 55 anos ou mais em 2031, sendo que o grupo acima dos 65 é o segmento que mais cresce.

O problema é que a maioria esmagadora das organizações não tem um plano (ou disposição) para fazer o que é preciso para dar início às mudanças no ambiente profissional. É por isso que Catherine Collinson e Michael Hodin, os autores do artigo, criaram um roteiro para guiar lideranças corporativas. Ela é CEO do Transamerica Institute, entidade sem fins lucrativos que produz estudos sobre aposentadoria; ele dirige a Global Coalition on Aging, um think-tank sobre envelhecimento. Aqui vai um bê-a-bá para os mandachuvas:


Apoiar o aprendizado contínuo dos colaboradores, que se tornará cada vez mais importante já que as carreiras estão se estendendo por 40, 50 ou até 60 anos. No entanto, apenas 50% dos empregadores dão ênfase a treinamento e desenvolvimento.

Oferecer arranjos flexíveis, como jornadas parciais ou cargas horárias que atendam às necessidades dos funcionários, e a possibilidade de pequenas licenças. De um modo geral, nenhuma das iniciativas é vista com boa vontade pelos dirigentes.

Dar suporte aos empregados que são cuidadores, uma vez que esse contingente não para de crescer. Na faixa dos 50 e 60, é comum que sejam responsáveis por cônjuges, netos ou pais bem idosos. Nove em cada dez cuidadores familiares sofreram algum tipo de impacto em suas carreiras: de precisar faltar a abandonar o emprego por não conseguir conciliar todas as suas obrigações.

Apoiar um plano de aposentadoria em etapas, no qual a pessoa vá diminuindo a carga de trabalho paulatinamente. Nessa transição, há ainda a alternativa de preparar o funcionário sênior para se transformar em mentor dos que têm menos experiência.

Estimular que os colaboradores cuidem da sua saúde e tenham acesso à educação financeira. Benefícios voltados para o bem-estar físico e mental, assim como para a segurança financeira, são fatores de retenção de talentos e aumento de produtividade.
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