14/11/2023 às 08h49min - Atualizada em 14/11/2023 às 08h49min

Do 'crush' ao crime: veja dicas para se proteger do 'golpe do amor' usado para sequestrar e roubar vítimas

Segundo o Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), crime é classificado como estelionato. Na quinta-feira (9), em São Paulo, um homem foi forçado a compartilhar as senhas das contas bancárias a criminosos após marcar um encontro com uma mulher que ele conheceu no Tinder.

AB NOTICIA NEWS
G1
Reprodução

Você já usou algum aplicativo de relacionamento para marcar um encontro com um "crush" - termo usado para descrever sentimentos por alguém - virtual? Se sim a resposta for sim, é melhor tomar cuidado. Plataformas digitais como Tinder, Bumble e Happn têm sido usadas por criminosos para atrair novas vítimas.

Na quinta-feira (9), na Zona Leste de São Paulo, um homem de 52 anos foi sequestrado e roubado ao se encontrar pela terceira vez com uma mulher que ele conheceu pela internet.

O homem foi abordado pelos criminosos enquanto aguardava a mulher na Cidade Tiradentes, dentro de um carro de aplicativo. Ele havia solicitado a corrida para buscá-la e, depois, ir a um shopping.

Em depoimento à Polícia Civil, a vítima disse que foi levada por três homens para uma rua escura, onde foi forçada a desbloquear o celular e informar as senhas dos aplicativos bancários e do cartão.

Esse tipo de crime não acontece de forma isolada. Em São Paulo, entre janeiro até março deste ano, a Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), unidade especializada em sequestro da Polícia Civil paulista, registrou 18 casos de "golpe do Tinder".

Entre as ocorrências, 14 foram esclarecidas e resultaram na prisão de 56 suspeitos. Em 2022, foram 115 casos durante todo ano.

Diante desta onda de crimes de estelionatos, o g1 reuniu dicas sobre o que fazer durante o uso dos apps para evitar cair em armadilhas dos "golpistas do amor".

As informações foram obtidas com o delegado da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas e especialistas em segurança digital.

Essas "dicas de ouro" não garantem 100% a proteção, mas são os filtros básicos que podem evitar muita coisa ruim, segundo presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin.

 

 

Dicas para ter uma experiência mais segura

 

 Não compartilhe informações pessoais com a outra pessoa: evite falar se mora sozinho, se tem carro, se a família é de outro estado, o endereço de trabalho ou em que dias você vai à academia.

? Verifique se o perfil do crush é fake: criminosos muitas vezes acabam utilizando fotos que geralmente pertencem a outra pessoa; veja abaixo como fazer uma análise após o match:

Observe se há sinais que podem indicar manipulação da imagem: bordas ou sombras irregulares e resolução baixa são indícios de montagem ou retirada de fotos de outros perfis.

Pesquise pelo nome que aparece no perfil: utilize buscadores e outras redes sociais para ver quais informações aparecem sobre o crush e se a foto corresponde com as imagens que foram apresentadas pela pessoa.

️ Cadastro sem foto ou com imagens disponíveis em bancos: isso aumenta a chance de ser um perfil enganoso.

? Faça uma pesquisa reversa: é possível utilizar a busca de imagens do Google. Para isso, clique no botão de câmera. Arraste ou envie o arquivo de uma imagem que desejar pesquisar, por upload ou link, e o buscador exibirá resultados iguais ou semelhantes. Desse modo, será possível verificar se a foto é original ou tem outras versões distintas, além de saber quem mais já divulgou o conteúdo.

 


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