10/11/2023 às 08h25min - Atualizada em 10/11/2023 às 08h25min

Como funciona o passe livre nos ônibus de outras cidades do Brasil

Com aprovação de passagens gratuitas para estudantes, Fortaleza passa a integrar lista de 97 municípios que adotam tarifa zero de alguma forma. Estudantes comemoram avanço e pedem expansão da medida.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: Fabiane de Paula/SVM
A nova política de passagens de ônibus gratuitas para estudantes de Fortalezaaprovada na Câmara nesta quarta-feira (8), coloca a capital cearense em uma lista que contém quase cem cidades do Brasil que adotam algum modelo de tarifa zero. Enquanto a capital contempla o público estudantil, há exemplos de passe livre sem restrições ou voltado para outros públicos.

Dentre os 97 municípios que antecederam a capital cearense na adoção de tarifa zero, a maioria tem populações pequenas: 63 destas cidades têm menos que 50 mil habitantes. A medida é adotada mais facilmente onde há frotas menores e sistemas de transporte mais simples.


Como explica o diretor executivo da NTU, Francisco Christovam, a tarifa zero acontece quando o poder público arca com os custos que serão repassados para as empresas que operam o transporte público. Assim, prefeituras ou estados pagam o preço que normalmente seria cobrado dos usuários.

Ele contextualiza que a maioria dos municípios que aderiram ao modelo têm praticado a 'tarifa zero plena': quando as passagens são de graça para todos e em qualquer dia da semana. E que as cidades pequenas, que utilizam cerca de dez ônibus na frota, têm mais facilidade ao custear totalmente a prestação do serviço.

 
"Em São Paulo, onde se tem a necessidade de 13 mil ônibus rodando todos os dias, a estimativa é que, se fosse adotada a tarifa zero, o custo seria superior a R$ 20 bilhões por ano. Nas outras cidades, varia muito. Depende da população do município, do deslocamento. Às vezes, é uma cidade bastante concentrada, então as viagens são mais curtas, e ela necessita de uma frota menor. Ou a cidade é bem espalhada, e a indústria, comércios e outras atividades estão bem longe dos bairros residenciais", ilustra Francisco Christovam.

 

 


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