A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu um alerta nesta sexta (3) a respeito da circulação de lotes falsificados do Tysabri (natalizumabe), para tratamento de esclerose múltipla, e Ozempic (semaglutida), indicado a adultos com diabetes tipo 2 — este último noticiado pela Folha em 25 de outubro.
Em relação ao Tysabri, a Biogen Brasil, que detém o registro da medicação, afirmou que o lote FF00336, válido até 01/2026, foi produzido apenas para fins institucionais, e não comerciais.
O lote referido possui características divergentes das constantes no medicamento original — erros de ortografia do endereço da empresa responsável pela importação e distribuição do produto no país, diferença na cor da faixa laranja e azul da embalagem, formatação das letras e ausência da inscrição em braile.
Quanto ao Ozempic, a farmacêutica Novo Nordisk não reconhece o lote LP6F832 —válido até 11/2025 — como original, tratando-se assim de falsificação.
O primeiro registro de fraude do medicamento ocorreu em junho. Na época, a agência reportou que foi alertada pela fabricante sobre a identificação de unidades falsificadas no mercado.
Segundo a farmacêutica, unidades do lote MP5C960 apresentavam em suas embalagens uma concentração diferente da original. O idioma (espanhol) também não condizia com o do lote verdadeiro.
O caso foi compartilhado como um alerta às agências sanitárias internacionais e, em agosto, o México reportou falsificações com o mesmo lote.
As resoluções que determinam a apreensão e proibição de comercialização, distribuição e uso do Ozempic e do Tysabri foram publicadas no Diário Oficial da União.