26/10/2023 às 08h00min - Atualizada em 26/10/2023 às 08h05min

Furto de armas do Exército: investigação indica que militares desligaram câmeras e usaram carro oficial de diretor do quartel

Suspeita é de que crime teria ocorrido no início do feriado da Independência do Brasil, em 7 de setembro. Um cabo, motorista do então diretor, é suspeito de ter utilizado o veículo militar para retirar as armas. g1 e a TV Globo apuraram que peritos do Exército encontraram impressões digitais de militares em alguns quadros de energia e na sala de armas.

AB NOTICIA NEWS
G1

Um cabo é suspeito de transportar as 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri, na região metropolitana do estado. A reportagem apurou que o Exército investiga se ele usou um carro oficial do então diretor do quartel para retirar as armas do local e levá-las para fora, onde seriam negociadas com facções criminosas.

Também é investigada a suspeita de que o crime possa ter ocorrido no início do feriado da Independência do Brasil, em 7 de setembro, quando a energia elétrica foi cortada intencionalmente, causando um "apagão" que desligou as câmeras de segurança da base militar.

 

A energia foi religada automaticamente depois do furto. Um dos cadeados que trancava a porta foi rompido e trocado por outro. O lacre da inspeção, que fica junto com o cadeado, também teria sido adulterado para tentar enganar a fiscalização.

g1 e a TV Globo apuraram que peritos do Exército encontraram impressões digitais de militares do quartel em quadros de energia e na sala de armas.

 

Apesar de ter suas as impressões digitais encontradas na sala de armas, o cabo não tinha autorização para entrar no lugar. Sua "missão" se restringia a atuar como motorista do tenente-coronel Batista, que havia assumido a direção do quartel em março de 2023. O motorista militar já estava trabalhando nessa função desde a época do diretor anterior. Os investigadores suspeitam que ele tenha se aproveitado do livre acesso que tinha ao quartel, como homem de confiança do então diretor da unidade.

 

última inspeção na sala de armas havia sido em 6 de setembro. Os militares só conferiram se a porta permanecia lacrada 33 dias depois, em dez de outubro, quando um subtenente viu sinais de arrombamento e percebeu que o lacre tinha sido trocado e constatou o desaparecimento de 13 metralhadoras antiaéreas calibre .50 e de oito metralhadoras calibre 7,62.

 


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