25/10/2023 às 08h24min - Atualizada em 26/10/2023 às 00h03min

Varejo baiano termina 3° trimestre com alta de 0,3%, mas especialista aponta pessimismo

Ainda que tenha havido um pequeno crescimento, o estado baiano passa por uma fase delicada, explica Heder Bragança

Carlos Lopes
https://financecapital.com.br/
Tânia Rêgo /Agência Brasil

No cenário econômico atual, o desempenho do varejo se torna um termômetro crucial para entender a saúde financeira de uma região e do país como um todo. Segundo levantamento do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), pelo terceiro mês consecutivo o setor registrou queda nas vendas, se comparados ao mesmo período de 2022. Só em setembro a baixa foi de 1,6%.

Fugindo à média nacional, o varejo baiano registrou uma variação positiva de 0,3% em setembro, quando comparados com o período anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entretanto, o presente cenário ainda inspira preocupação, como explica o especialista em fusões e aquisições de empresas, diretor da Finance Capital Private Equity, Heder Bragança. “Ainda que registre um pequeno crescimento, o estado baiano passa por uma fase delicada. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego na Bahia foi de 16,7%, enquanto na região metropolitana chegou a 16,9%. O percentual de desocupação na capital baiana foi o maior entre as capitais brasileiras pelo quarto trimestre consecutivo, quando comparado com o mesmo período em 2022”, explica o especialista.

Heder Bragança ainda explica que um ponto muito significativo do índice de desemprego do estado baiano se dá no número de habitantes que fazem uso do Bolsa Família. A Bahia é o segundo estado do país com mais beneficiários do auxílio. Segundo o governo federal, 2,56 milhões de pessoas recebem auxílio no estado, o que representa 18% da população com base nos dados do último censo de 2022.

O estado baiano é o maior do Nordeste, com um índice de 28,18%. Em âmbito nacional, a região representa 14,2%, representando um crescimento de 2,4%. Apesar dos avanços, a maior participação em valor absoluto no PIB do país é do Sudeste, com 51,9% do total, seguida das regiões Sul (17,2%), Centro-Oeste (10,4%) e Norte (6,3%).

No entanto, o cenário varejista baiano sofre algumas mudanças de análise quando incorporados os dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que considera a variação das vendas descontada a inflação. O ICVA revela que, em setembro de 2023, as vendas no varejo baiano caíram 1,6% em comparação com o mesmo mês de 2022, quando ajustadas pela inflação.


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