O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou ao blog que a operação realizada ao longo desta semana apreendeu quase 700 celulares em celas prisionais.
Desde segunda-feira (16), policiais penais vasculham celas de presídios pelo país. O objetivo era identificar e retirar os aparelhos como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
Segundo informações conseguidas pelo blog, até o momento, 54 unidades prisionais foram verificadas em 20 estados e:
O blog apurou que num único dia, entre o primeiro balanço e o segundo (ambos de quinta e num intervalo de 9h), o número de celulares apreendidos saltou de 608 p 694 — ou seja, 86 celulares a mais em menos de 24h.
Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) informou que aparelhos celulares, bem como outras soluções tecnológicas correlatas, são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para a perpetuação de delitos e o consequente avanço da violência nas ruas.
Segundo a pasta, ainda faltam outros estados para completar a investigação, que teve de ser interrompida por questões climáticas, já que os presos precisam ficar no pátio durante as revistas.
A operação — chamada de Mute — se divide em dois momentos: primeiro cortar a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal e em seguida buscar os aparelhos com ações de revistas em pavilhões e celas.
O trabalho dos policiais nas celas é coordenado pelo Ministério da Justiça e conta com o apoio das Secretarias Estaduais de Gestão Penitenciária. "É realizado em sinergia com outras forças sempre, pois, caso ocorra algum contra movimento, dentro ou fora das unidades, estamos todos alinhados", informou Rafael Velasco, secretário de Políticas Penais.