ReproduçãoUm brasileiro que está em Khan Younes, no sul de Gaza, registrou o momento em que uma casa próxima à dele foi bombardeada. A explosão aconteceu na manhã desta quinta-feira (19).
"Bombardeio agora ao lado da casa. Não existe um lugar seguro na Faixa de Gaza. Estou na idade de Khan Younes e não existe lugar seguro", disse Hasan Rabee.
Ele aguarda na cidade a abertura da fronteira com o Egito, onde poderá embarcar no avião do governo federal brasileiro. Até a última atualização desta reportagem, a fronteira continuava fechada.
Ahmad El Ajrami, que está em Rafah, próxima à fronteira com o Egito, disse que a noite foi de ansiedade por conta dos ataques à cidade.
"Não há proteção em Gaza, todos morrerão aqui. Israel está matando todo mundo", disse.
A cidade foi alvo de um ataque com caças aéreos ordenado por Israel. Nesta quinta-feira, as Forças de Defesa israelenses anunciaram que Rafat Harb Hussein Abu Hilal, um dos chefes do grupo de milícias que atuam ao lado do Hamas na Faixa de Gaza, foi morto na operação.
As cidades de Rafah e Khan Younes concentram grupos de brasileiros que aguardam para deixar a área de conflito entre Israel e o grupo terrrorista Hamas.
Rafah faz fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito, onde os brasileiros aguardam autorização para atravessar a divisa e entrar em território egípcio. Lá, a expectativa é de que sejam embarcados em voo da FAB para deixar a zona de conflito.
Segundo Hasan Rabee, que aguarda em Khan Younes o anúncio da abertura da fronteira com o Egito, não há expectativa para que deixem a Faixa de Gaza ainda nesta quinta-feira (19).
"Continuamos sem água, sem luz, a comida é limitada, as padarias estão bem lotadas para [tentar] comprar pão e a alimentação é muito difícil", conta.
