Um bombardeio matou centenas de pessoas nesta terça-feira (17) no hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, órgão subordinado ao grupo terrorista Hamas.
Enquanto o Hamas acusa Israel, e Israel por sua vez acusa outra organização extremista, a Jihad Islâmica, hospitais se tornaram, nos últimos dias, abrigos para centenas de famílias palestinas, que buscam nesses locais refúgio dos bombardeios do Exército israelense, de acordo com a agência de notícias France Presse.
O conflito, em seu 11º dia, já tem 4.400 mortos — 3.000 palestinos e 1.400 israelenses, a grande maioria civis.
Amira, de 44 anos, instalou-se com os filhos no pátio do hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul do pequeno enclave palestino, para onde um milhão de habitantes foram deslocados desde que o Exército de Israel ordenou-lhes que abandonassem o norte.
"Faz uma semana que não tomamos banho, a morte seria mais misericordiosa", disse, enquanto preparava sanduíches com o pouco pão que conseguiu recuperar.
Se a água e o combustível não voltarem imediatamente a Gaza, seus habitantes estão em perigo iminente de morte, ou de epidemias", afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Até agora, a única abertura para o mundo da Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel - a passagem de Rafah para o Egito - permanece fechada.
A região foi bombardeada pela quarta vez na noite de segunda-feira (16). Israelenses, egípcios e americanos não conseguem chegar a acordo sobre um mecanismo para levar ajuda, tirar estrangeiros de Gaza e dar as garantias de segurança exigidas pelos egípcios e israelenses.