18/10/2023 às 08h41min - Atualizada em 18/10/2023 às 08h41min

Defesa de Bolsonaro critica pedido de indiciamento proposto por Eliziane na CPI e diz que relatório é 'parcial'

No relatório lido nesta terça, Eliziane sugere o indiciamento de Bolsonaro pela suposta prática de quatro crimes. Documento será votado pela CPI dos Atos Golpistas nesta quarta.

AB NOTICIA NEWS
G1
Foto: TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) divulgou nota nesta terça-feira (17) em que critica o pedido de indiciamento do ex-presidente proposto pela relatora da CPI dos Atos GolpistasEliziane Gama (PSD-MA).

No relatório, a senadora sugere o indiciamento de Bolsonaro pela suposta prática de:

 

  • associação criminosa
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • golpe de Estado
  • emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos

 

O documento ainda será votado pela CPI dos Atos Golpistas, o que está previsto para ocorrer em sessão nesta quarta-feira (18).

Se for aprovado, o parecer será encaminhado a diversos órgãos que avaliam e decidem pela apresentação de denúncias baseadas nele. Entre as instituições para as quais o documento é encaminhado estão órgãos policiais, o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGU).

 

'Indignação', dizem advogados

 

Na nota que divulgou horas depois da leitura do relatório por Eliziane, a defesa de Bolsonaro manifesta "indignação" pelo pedido de indiciamento por crimes que o ex-presidente "jamais concorreu ou minimamente participou".

Eles também afirmam que o relatório não apresenta elementos que "conectem" Bolsonaro aos atos investigados pela CPI. E que a proposta de indiciamento é "parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico".

 

"A parcialidade do relatório, subscrito por sabida opositora política do ex-Presidente, fica evidente na medida em que ignorou a grave omissão dos responsáveis pela garantia dos prédios públicos, ao mesmo tempo em que prescindiu das diligências processuais mais elementares antes de formalizar suas odiosas conclusões e propostas de indiciamento", afirmam os advogados de Bolsonaro no documento.
 

Na nota, os defensores dizem também que Bolsonaro não foi convocado para prestar depoimento à CPI, o que tirou dele o direito de se defender.

Os advogados também afirmam que o pedido de indiciamento de militares demonstra "crescente hostilidade com as Forças Armadas".

"É lamentável que o termo final de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito venha acintosamente divorciado da impessoalidade que deveria presidir suas conclusões", concluiu a nota assinada por Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten.
 


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