O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu chegar a um acordo sobre a criação de corredor humanitário em Gaza.
Ao lado do ministro da defesa de Israel, o secretário de defesa americano, Lloyd Austin, anunciou a chegada de um porta-aviões americanos ao mar Mediterrâneo. E disse que o governo americano está pronto para enviar mais ajuda militar. "Estejam certos de que os Estados Unidos vão garantir que Israel tenha o que for necessário para se defender."
O secretário de estado americano, Anthony Blinken, se encontrou na Jordânia com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Depois, foi ao Catar para pedir ajuda para negociar a libertação de reféns dos Estados Unidos em poder do grupo terrorista Hamas. Blinken disse que o Hamas é responsável por dificultar a chegada de ajuda humanitária.
“As famílias palestinas estão sofrendo e morrendo, e não têm culpa. Israel está atacando Gaza por causa dos ataques terroristas do Hamas que mataram, de forma horrível, 1.300 israelenses", afirmou.
Da Filadélfia, o presisente Joe Biden disse que a situação humanitária em Gaza é uma prioridade.
“Não podemos perder de vista o fato de que a grande maioria dos palestinos não têm nada a ver com o Hamas”.
Diante da falta de alimentos, remédios e até água na faixa de Gaza, a diplomacia internacional discute a criação de um corredor humanitário. Uma rota segura que permitiria a saída de civis da zona de combate e a entrada de ajuda para quem não puder deixar a região.
Gaza tem como vizinhos o Egito e Israel, com quem divide a maior fronteira terrestre. Israel também controla a saída do território Palestino para o mar. A opção viável seria pela fronteira de Gaza com o Egito – na passagem de Rafah.
Por enquanto, o governo egípcio não autorizou um corredor para a retirada de civis. Mas disse que aceita abrir passagem para entrada de itens básicos.
O professor Gregg Greenough, que dirige um programa de pesquisas humanitárias na Universidade de Harvard, explica que o Egito tem um controle muito rígido da movimentação de palestinos pelo país. "Israel sempre discute com o Egito que é por aquela área que passam munição e armas."
O governo egípcio também teme que terroristas do Hamas consigam atravessar sua fronteira.
O Brasil, atual presidente do Conselho de Segurança da Onu, convocou uma reunião para discutir a criação de um corredor humanitário.
Antes da reunião, o secretário-geral, Antonio Guterres, disse que a situação em Gaza atingiu um nível perigoso.
Guterres também afirmou que o Hamas deve libertar todos os reféns imediatamente. E que civis jamais devem usados como escudos humanos.
Depois de 2h30 de reunião o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a um acordo sobre um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito.
Os 15 países integrantes vão continuar trabalhando em um projeto de resolução apresentado pela Rússia.
Entre os termos do acordo, há alguns consensos – a redução da violência, a libertação incondicional dos reféns em poder do Hamas e a necessidade de levar ajuda humanitária urgente à Faixa de Gaza.
O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, fez um rápido pronunciamento, em inglês. Disse que nem israelenses nem palestinos deveriam passar por esse sofrimento, que o Conselho está empenhado em abrir corredores humanitários e que a prioridade é a proteção de civis, principalmente crianças.